quarta-feira, 28 de março de 2012

Curiosidade ou fofoca?

Toda a raça humana tem problemas de várias ordens, alguns de saúde; a maioria,  o financeiro; habitacional, no trabalho /ou na dele; mas tem pessoas que minorizar os seus problemas, invadem a privacidade do outro procurando pontos negativos. Saõ uns perfeitos urubus; uma ofensa a esse bípede que higieniza o nosso ambiente, melhor seria categoriz´-los de zero à esquerda. "Não infloi, nem diminoi" , diria um hilário amigo de juventude. 
Essas pessoas estão sempre de plantão por quer que estejamos e estragegicamente iniciam o diálogo com: "você tá sumida(o)! que está fazendo agora? Soube que se separou. É verdade?" ou outro assunto que nos desagrada sem nenhuma cermônia. Se for um encontro no elevador é fácil de escapar; dizemos logo que sairemos no próximo andar.  Mas quando estamos em outro espaço, em esses parasitas se situam para deixar de viver a vida chata e enfadonha que têm, para fantasiar a vida alheia, é mais complicado. Podemos inventar uma desculpa; de que vamos ao  dentista, mercado, farmácia, trabalho,e outros, que mesmo assim continuam a falar, fingindo não ouvir o que falamos e comentam sobre outras pessoas para ver se aguçamos a curiosidade, nestes casos temos de ser diplomatas ou simplesmente dar as costas e irmos embora.
Conheci uma senhora que falava tanto dos outros que parecia uma metralhadora em disparada, só parava quando faltava-lhe fôlego, era o momento que tínhamos de sair em disparada e ainda com a cabeça meio tonta de tanta poluição verbal. Mas, segundo a minha mãe, uma pessoa boa, que estava sempre pronta para socorrer os outros em momentos de dificuldade. Tenho certeza. Mas, por que será que muitas  pessoas são são mais "solidárias" no sofrimento que no sucesso do outro?
Esse lado negativo da nossa sociedade, que as tagarelas espelham muito bem, está integrado ao nosso diágolo cotidiano. Usamos diariamente discursos defensivos como: "corre atrás que você consegue", Por que atrás e não ao lado? "Não quer participar de uma festa lá em casa à noite?" " O bom filho à casa torna". "Chegou em boa hora!". Tudo mentira, só para agradar o sujeito; e, depois que a pessoa vira as costas, os comentários são os mais variados possíoveis. Quanta farsa para "viver " em sociedade!
Porém como ainda não chegamos à perfeição, continuaremos por um bom tempo patinando e oscilando entre o ético, e o que o nosso olhar turvo pela mentira e inveja dos demais, produz em nossas próprias vidas.

Tania Maria da Silva

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