segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Amor de todo dia: Fantasia masculina e o que queremos delas. Em roda...

Amor de todo dia: Fantasia masculina e o que queremos delas. Em roda...: De inicio os Homens só estão interessados na aparência da mulher, até porque ninguém vai se apaixonar pela personalidade dela a primeira ...

N/A - Neuróticos Anônimos - Grupo de terapia de espelho para doentes emocionais


No tratamento de nossas doenças emocionais; os grupos de N/As trabalha a terapia de espelho 



 Para Neuróticos Anônimos, neurótica é qualquer pessoa cujas emoções interferem em seu comportamento, de qualquer forma e em qualquer grau, segundo ela mesma o reconheça.

 
 
Neuróticos Anônimos é uma Irmandade* formada por homens e mulheres que compartilham suas experiências, fortaleza e esperança para resolverem seus problemas emocionais comuns e dessa forma se reabilitarem da doença mental e emocional.
Para ser membro desta Irmandade* basta considerar-se uma pessoa neurótica, ou seja, com perturbações emocionais, e ter o sincero desejo de sarar.
Em N/A não se cobram taxas nem mensalidades. As despesas de seu funcionamento são pagas com o dinheiro proveniente das contribuições de seus membros.
Neuróticos Anônimos não está ligada a nenhuma instituição religiosa ou política e não defende nem se opõe a nenhuma causa. Seu objetivo primordial é a transmissão de sua mensagem, através da recuperação de seus membros, aos que necessitam de ajuda para encontrar uma vida feliz, livres da doença mental e emocional.
Alcoólicos Anônimos bondosamente concedeu permissão a N/A para usar seus Passos e seu Programa, como já tem feito em relação a outras associações de Anônimos.
Desejamos expressar nossa gratidão a Deus e a Alcoólicos Anônimos por nos terem proporcionado os instrumentos necessários à nossa recuperação, os quais recebemos d’Ele por intermédio deles.
* N.R. ( Nota do Revisor) Na maioria dos Países de língua espanhola onde existem Grupos de N/A, a palavra empregada é Comunidade.
-Texto aprovado em Assembléia Mundial


HISTÓRIA

 
Existem hoje no Brasil quase 5.000 “Grupos Anônimos”. Sua imensa maioria se fundamenta no programa sugerido por “Acoholics Anonymous” – o A.A., composto de 12 passos que levam o indivíduo à recuperação; 12 tradições que orientam os grupos e garantem sua unidade e o anonimato individual; 7 Lemas que norteiam o dia a dia dos participantes e 3 Legados, que assumidos garantem a continuidade dos Anônimos e a estabilidade de cada membro.
Com autorização de A.A., seu programa têm sido adaptado para outras finalidades. Dessa forma surgiram os Neuróticos Anônimos – N/A.; os Dependentes de Amor e Sexo Anônimos – D.A.S.A.; os Narcóticos Anônimos; os Comedores Compulsivos Anônimos; Consumidores Compulsivos Anônimos e muitos outros.
O Fundamento dos Anônimos e o início de A.A.
O A.A. nasceu em 10 de junho de 1935, quando um corretor – Bill W. e um médico – Dr. Bob – dependentes do álcool, abandonaram a bebida graças após uma série de conversas, baseadas e uma idéia simples: como um alcoólatra não têm forças para ajudar a si próprio, e que poderia entender profundamente um outro alcoólatra e, com esse entendimento profundo, ajuda-lo.
Imagine isso em larga escala: uma alcoólatra ajudando outro alcoólatra a evitar o álcool. E sendo por ele ajudado. Uma espécie de auxílio mútuo. Há, por força da semelhança dos problemas, uma afinidade natural, uma identidade.
O nascimento de Neuróticos Anônimos
Em 1964, Grover B., um alcoólatra recuperado em A.A., tomou consciência que sua dependência pelo álcool era fruto de graves problemas emocionais anteriores.
Com autorização de A.A. promoveu uma adaptação do Programa sugerido, para aqueles cujas emoções descontroladas interferiam em seu comportamento, de qualquer forma e em qualquer grau, segundo elas mesmas o reconhecem.
Hoje funcionam no Brasil, mais de 380 grupos de N.A. que auxiliaram, através da prática de seu programa, milhares de pessoas a vencerem suas emoções descontroladas, e terem vidas normais e serenas.
Importante:

Um dos sintomas
É sentirmo-nos constantemente machucados pelo sentimento que não foi por nós analisado. É preciso encarar com coragem esse ressentimento que está escondido por várias camadas de problemas do nosso inconsciente. Muitas vezes por ignorância deixamos passar e fugimos de fazer um tratamento com mais responsabilidade. Se a gente se acomodar e não trabalhar para sanar a doença, ela vai se tornando cada vez mais dolorida e a raiva vai tomando conta de nossas vidas.

Pode ser uma autoproteção, um sinal aos outros que nossa frustração atingiu o máximo, que nossa pessoa está sendo ofendida, que não aceitamos o inaceitável. 

Oração da Serenidade
Concedei-nos, Senhor, A Serenidade necessária para aceitar as coisas que não podemos modificar, Coragem para modificar aquelas que podemos e Sabedoria para distinguir umas das outras.


Informações site de Neuróticos Anônimos - Escritório de Serviços Gerais do Brasil - ENABRA
Fone: (11) 3228.2042 - FoneFax: 3228-5852


No Brasil:

Contato


Para entrar em contato veja abaixo qual de nossos escritórios encontra-se mais próximo de você:
ENABRA – Escritório de Serviços Gerais de Neuróticos Anônimos no Brasil
  • Fone: (11) 3228.2042 – FoneFax: 3228-5852
  • E-mail: enabra@neuroticosanonimos.org.br
ENASP – São Paulo
  • Fone:(11) 3229.7523 / 3228.2042 / Fax (11) 3228.5852
  • enasp1@yahoo.com.br

domingo, 26 de agosto de 2012

POESIAS DE CECÍLIIA MEIRELES - INFANTIS



POESIA INFANTIL / INFANTO-JUVENIL
Colaboração de Liliane Bernardes


Cecília Meireles
Cecília Meireles
 (1901- 1964) 

Cecília Benevides de Carvalho Meireles  nasceu na cidade do Rio de Janeiro em 7 de novembro de 1901.  Seus pais morreram quando ainda era criança e ela foi criada pela avó chamada Jacinta, que a vivia cantarolando cantigas e falando ditados populares. Na casa  de Cecília havia um quintal e um mundo encantado: o mundo dos livros ! Cecília já gostava dos livros antes mesmo de aprender a ler e foi aos 9 anos que escreveu o seu primeiro poema. Foi professora, jornalista e aos 18 já havia lançado o seu primeiro livro. Fundou a primeira biblioteca infantil do Brasil.
Vejam alguns poemas do livro Ou isto ou aquilo (Nova Fronteira):


A Língua de Nhem
Havia uma velhinha
que andava aborrecida
pois dava a sua vida
para falar com alguém.
E estava sempre em casa
a boa velhinha
resmungando sozinha:
nhem-nhem-nhem-nhem-nhem-nhem...
O gato que dormia
no canto da cozinha
escutando a velhinha,
principiou também
a miar nessa língua
e se ela resmungava,
o gatinho a acompanhava:
nhem-nhem-nhem-nhem-nhem-nhem...
Depois veio o cachorro
da casa da vizinha,
pato, cabra e galinha
de cá, de lá, de além,
e todos aprenderam
a falar noite e dia
naquela melodia
nhem-nhem-nhem-nhem-nhem-nhem...
De modo que a velhinha
que muito padecia
por não ter companhia
nem falar com ninguém,
ficou toda contente,
pois mal a boca abria
tudo lhe respondia:
nhem-nhem-nhem-nhem-nhem-nhem...

Veja a animação do poema A língua do Nhem
http://www.f7.com.br/oda38.htm

Uma Palmada Bem Dada

É a menina manhosa
Que não gosta da rosa,
Que não quer A borboleta
Porque é amarela e preta,
Que não quer maçã nem pêra
Porque tem gosto de cera,
Porque não toma leite
Porque lhe parece azeite,
Que mingau não toma
Porque é mesmo goma,
Que não almoça nem janta
porque cansa a garganta,
Que tem medo do gato
E também do rato,
E também do cão
E também do ladrão,
Que não calça meia
Porque dentro tem areia
Que não toma banho frio
Porque sente arrepio,
Que não toma banho quente
Porque calor sente
Que a unha não corta
Porque fica sempre torta,
Que não escova os dentes
Porque ficam dormentes
Que não quer dormir cedo
Porque sente imenso medo,
Que também tarde não dorme
Porque sente um medo enorme,
Que não quer festa nem beijo,
Nem doce nem queijo.
Ó menina levada,
Quer uma palmada?
Uma palmada bem dada
Para quem não quer nada!

A AVÓ DO MENINO
.A avó
vive só.
Na casa da avó
o galo liró
faz "cocorocó!"
A avó bate pão-de-ló
E anda um vento-t-o-tó
Na cortina de filó.
A avó
vive só.
Mas se o neto meninó
Mas se o neto Ricardó
Mas se o neto travessó
Vai à casa da avó,
Os dois jogam dominó.




Leilão de Jardim
Quem me compra um jardim
com flores?
borboletas de muitas cores,
lavadeiras e passarinhos,
ovos verdes e azuis 
nos ninhos?
Quem me compra este caracol?
Quem me compra um raio de sol?
Um lagarto entre o muro e a hera,
uma estátua da Primavera?
Quem me compra este formigueiro?
E este sapo, que é jardineiro?
E a cigarra e a sua canção?
E o grilinho dentro do chão?
(Este é meu leilão!)
O mosquito escreve

O mosquito pernilongo
trança as pernas, faz um M,
depois, treme, treme, treme,
faz um O bastante oblongo,
faz um S.
O mosquito sobe e desce.
Com artes que ninguém vê,
faz um Q,
faz um U, e faz um I.
Este mosquito
esquisito
cruza as patas, faz um T.
E aí,
se arredonda e faz outro O,
mais bonito.
Oh!
Já não é analfabeto,
esse inseto,
pois sabe escrever seu nome.
Mas depois vai procurar
alguém que possa picar,
pois escrever cansa,
não é, criança?
E ele está com muita fome.

Sonhos da menina
A flor com que a menina sonha
está no sonho?
ou na fronha?
Sonho
risonho:
O vento sozinho
no seu carrinho.
De que tamanho
seria o rebanho?
A vizinha
apanha
a sombrinha
de teia de aranha . . .
Na lua há um ninho
de passarinho.
A lua com que a menina sonha
é o linho do sonho
ou a lua da fronha?
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sexta-feira, 24 de agosto de 2012

anisia-nascimento: ASSÉDIO MORAL NO TRABALHO

anisia-nascimento: ASSÉDIO MORAL NO TRABALHO

O Mundo vai cabar em 2012?


“Se é loucura então melhor nem ter razão”


            Sendo a vida dinâmica, fica claro que estamos vivendo numa roda viva, onde a matéria e os valores éticos, morais e espirituais se chocam e se confundem o tempo todo.  E mesmo sabendo de uma Profecia Maia sobre 2012; considerada mística pela maioria das pessoas, pois é muito difícil conceber o Fim do Mundo, afinal queremos ser eternos; mesmo destruindo a natureza. Porém somos “racionais” e os nossos instintos ficam arquivados em nosso inconsciente para aflorar em forma de comportamentos, castrações, defeitos de caráter, isso sem contar o que já está em nosso consciente e reprimimos. Eu pessoalmente, concluo que só o fato de termos mais uma vez a firmação do fim do mundo, é motivo para  análise de nosso mundo interior, que é infinito, e partirmos para transformação pessoal, com ações que com certeza afetarão e ajudarão  a mudar o nosso exterior. Para quem quiser, 2012, termina em 31 de dezembro; e como o calendário foi criado pelo humano; mas o mundo individual prossegue abundante de velharias da mente e de muitas novidades.
            “Somos criaturas Dependentes ou Livres? A pergunta vem sendo debatida há séculos. Limitados em nossa memória do passado, completamente cegos quanto ao futuro e geralmente errados quanto ao presente, a maioria de nós orgulha-se da LIBERDADE TOTAL QUE GOZAMOS....” “...VIVENDO NUM INSTANTE INFINITÉSIMO NA VASTA ETERNIDADE, , NA ESTREITÍSSIMA  SUPERFÍCIE DE UMA BOLA QUE VOA SEM DIREÇÃO PELO ESPAÇO, e chamamo-nos, donos de nossos destinos” ( N/A, “Doze passos e doze tradições; pág 17 ). Estes são questionamentos e a conduta de caráter, que são feitos numa sala de N/A (Neuróticos Anônimos), lembrando que 99% da humanidade é neurótica, nos dá a certeza de que de precisamos cuidar de nossa vida com mais atenção, sem nos perdermos nas tarefas cotidianas. Assim, assistimos na terra, que os valores materiais se sobrepõem à qualidade de  vida, que é um valor muito diferente e dispensa que meia dúzia de HOMENS DE CARTOLA, administrem o mundo para nós.
            È isso que o IMPERIALISMO empoe, para sobreviver a casta composta por interessados em poder dominar a maioria desinformada e determinar  por seus  meios  de comunicação, ou usando a força Militar dos Estados na repressão de países menores. E nós, apesar de criticarmos, somos contaminados pela mídia e às vezes praticamos  também esse “espírito neo-liberalista”, quando em pensamentos ou em ação, somos indiferentes a dor ou dificuldades do outro ser humano, vizinho para nos dedicarmos a levantar bandeiras de outros povos somente. Sou internacionalista, mas só acredito em direitos humanos, quando trabalhamos concretamente para que esses comecem em nossa “CASA”.
            E enquanto o mundo não acaba, sugiro que façamos  inventário moral de nós mesmos, virarmos a lente pro nosso interior e vasculharmos a nossa alma ou consciência, para olharmos com honestidade os nossos defeitos de caráter, o que fazemos de bom e cada um de nós particularmente, acabe com o mundo de mentiras que habita em cada individua. É difícil nos olharmos no espelho, dói saber que minha consciência reclama algo que não fiz, mas vale o esforço e a aplicação das verdades que detestamos no nosso dia-a-dia. Em doses homeopáticas, para sairmos do nosso casulo emocional; mais fortes e ternos. UMA LINDA BORBOLETA!  Sabendo que a qualidade de vida deve ser estendida por toda terra. Cabendo-me um pouco de UTOPIA: “Terra, és o bonito dos planetas. Estão te maltratando por dinheiro. Tu que é a nave nau sem mãe... DEIXA NASCER O AMOR...” ( Beto Guedes)       

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Modos Vivendis de Purilândia


           

Coisas de Purilânia
Crônica


Hoje, um lindo dia de sábado, céu azul, sol e folga, verão de 2011, pipoco de uma lado para outro no meu apartamento que se tornou grande demais, após a saída de meus 2 filhos e a morte do meu pai. É lindo o dia sim porque estou de folga do trabalho e da faculdade, duas ocupações que abracei uma por necessidade e a outra por puro amor. Faço pedagogia porque acredito nos nossos jovens do futuro, sem falso moralismo, questionadores, inovadores ou obsoletos que teimem em seguir regras ditadas pela mídia, mas ainda estão em estado de ebulição e é isso que move o Universo, o movimento.
            Mas foi para falar de outro assunto que interrompi a tão famosa faxina de casa no sábado e sentar em frente ao micro para escrever antes que o assunto fugisse da minha memória. Agora é assim, como não tenho nootbook, carrego aminha agendinha dentro da bolsa para todo lado, por falta de papel ou espaço em demasia, já virou até diário a coitadinha. E lá vai o meu registro de agora: Já perceberam como tem carro de som aqui em Purilândia (cidade fictícia)? E como fico fora durante a semana só consigo percebê-los no sábado.
            Sou de outra cidade, um pouco maior, em que esse tipo de propaganda é proibido, assim como colocar a loja toda na calçada para vender. Bem, mas vamos ao carro de som. Vamos tentar imaginar uma cena corriqueira das nossas ruas centrais. Primeiro um determinado mercado com uma letra de música apelativa, “se ta faltando o calçado, o arroz e o feijão”...”tá faltando até dinheiro”  vem pro ...que é bom”; uma pergunta? É mercado, assistência social ou mesmo um banco? Tem o homem da voz esquisita que anuncia forró e diz: “vai lá!”, esporadicamente o filho do gogó de ouro prevenindo sobre a dengue, a moça da rádio FM dá o charme para o anuncio das boutiques. E as motocicletas também fazem a sua vez. Agora me perdoem os sérios, mas o mais engraçado aqui é anuncio de falecimento; fundo musical, música da vitória do Airton Senna. Que vem fora imagina uma coisa grandiosa, mas para brochar qualquer D. Juan, lá vem o locutor com o tom fúnebre, o carro rodando, a música tocando e ele falando. Diz o nome da mulher dos filhos, “as vezes uns doze, e o carro rodando, a gente vai esticando o pescoço para ouvir o nome do falecido e que nada, então ele dobra a esquina e diz “Comunicamos o falecimento de....” aí tenho que esperar o carro passar de novo para saber quem morreu...coisas de Purilândia.
            Percebi que esses carros de som aqui são chic de doer, pobre não tem dessas coisa não, morreu, alguém coloca no espaço de utilidade pública da rádio AM para que os parentes da roça possam ouvir. Mas já viu como é rápido avisar que o parente está lá esticadão rapidinho. Põe no carro de som, música da vitória do Airton e lá se vai mais um para o Pódio. Se eu morrer por aqui peço a minha família que exija a música Silencio e ponto final.





Tânia Maria da Silva
Cursando Licenciatura em Pedagogia no ISE

E quem é velho afinal? O preconceituoso ou o idoso?


Espontaneidade exacerbada e idade avançada  incomoda muita gente


Volto a falar da 2ª idade, que é a que me encaixo e por experiência própria posso afirmar que quero recomeçar e encontro mil montanhas a me cercarem. Mesmo com capacitação, fico em minoria e quase sempre vem a desculpa de que a vaga já foi ocupada. Se, apresento um quadro de depressão, não tenho direito, porque depressão “é desculpa de preguiçoso para ficar à toa”. Na informalidade, a renda mensal não dá para se sobreviver. Pergunto à sociedade. O que fazer quem se encontra neste estágio da vida, se sente vivo, mas as pessoas o vêm como um batata quente e ninguém quer segurar? Até para estudar é difícil para quem quer recomeçar, e dentro da Instituições escolares há uma grande mentira. Pois na teoria aprende-se uma educação mais libertária, porém na prática,  tem muitos funcionários que estão lá em 1960. A verdade dói, mas toda a nossa sociedade usa a máscara que lhe convém, na hora que lhe convém. Estamos vivendo e alimentando a mentira coletiva que com certeza nos levará a andar em círculo. È claro que a idade cronológica existe, impossível negar, mas, velho é aquele que se encolhe num canto para ver TV, ou fazer atividades “típicas” de anciãos, negando-se a participar de uma nova era, se reciclar, e o mais importante; se posicionar enquanto cidadão. Quanto a mim, quero experimentar e provar que há vida ativa e abundante depois dos 50 anos de idade. Quebrando preconceitos, pelo menos nas cidades de interior que insistem em nos guardar nos armários para tirar em algumas ocasiões de reuniões familiares, cheirando a naftalina e tirando fotos dos netinhos.  


Tânia Maria da Silva 

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

pedagogia hospitalar: CONHECIMENTOS PEDAGÓGICOS - PEDAGOGIA DA AUTONOMIA...

Morreu hoje, 15/08, o Flautista nascido em Santo Antônio de Pádua, que ficou conhecido Internacionalmente pelo talento no "chorinho"





Mundo dá adeus a Altamiro Carrilho

Altamiro Carrilho vive a vida como se, desde o primeiro movimento, ela fosse escrita em um pentagrama. Sua mãe se chamava Lira, o símbolo da música. Em todos os aspectos, familiares e geográficos, sua trajetória sempre esteve ligada à música. “Eu sou descendente de uma família pelo lado materno em que todos eram músicos, desde o meu tataravô. Bisavô, avós, tios, primos...”. 
Com a simplicidade de quem se diz um homem do interior, Altamiro narra sua história como que improvisando na flauta. “O meu tio mais velho era o maestro da banda 'Lira Árion'. Os outros cinco músicos eram seus irmãos. Então, eu fui criado no meio de músicos e de música: morava perto da sede da banda, assistia aos ensaios... E fui me entusiasmando pelos sons dos instrumentos, diferenças de timbre, altura, afinação, a forma como meu tio conseguia harmonizar aquilo tudo, dirigir. Se um músico errava uma nota, ele dizia, o trompete trocou a nota aí, aquela coisa. Eu fui criado dentro desse clima e, aos nove anos de idade, já estava tocando caixa tarol na banda. Tocar percussão ajudou muito na minha trajetória”.
 
A primeira flauta foi um presente de Natal. “Com cinco anos de idade comecei a tocar uma flautinha de lata que Papai Noel trouxe pra mim”.
 
A destreza que o filho exibiu na flautinha de lata convenceu os pais de que o talento precoce de Altamiro precisava ser lapidado com aulas. Mais uma vez o destino bateu à porta de Altamiro, como que compondo outro compasso dessa vida musical.
 
“Eu comecei a fazer as minhas próprias flautinhas: serrava perto do ombro do bambu, deixava toda a parte aberta, e ia furando com um ferro quente. Furava e tocava, tirava uns sons agradáveis tocando sozinho em casa. Nessa época, eu morava em Niterói. Um dia, o carteiro que entregava a nossa correspondência parou, deu as cartas pra minha mãe e de repente perguntou: ‘Que som bonito! Quem toca flauta aí na sua casa?’. Minha mãe respondeu: ‘Não é flauta profissional não, é uma flautinha de bambu, o meu filho mesmo que faz e tal, assim, assim’... O carteiro pediu para me conhecer. E lá vim eu com a flautinha na mão, menino, onze anos por aí... O carteiro me perguntou se eu queria estudar flauta. Eu disse quero, e ele começou a me dar aulas gratuitas. Ainda emprestava a flauta transversa dele para que eu estudasse. Em casa, eu me virava com a flautinha de bambu mesmo”.
 
Nas aulas gratuitas que recebia do carteiro, aprendeu pela primeira vez a teoria musical. Altamiro se empenhava, embora tivesse pouco tempo para estudar já que, além de freqüentar a escola, ainda trabalhava na farmácia do tio. Foi nesse emprego que ele conseguiu economizar parte do salário para comprar o primeiro instrumento.
 
Era uma flauta velha, mas muito velha, eu acho que era de milésima, ou coisa parecida, toda amarrada de elástico, as molas quebradas, destemperadas, sapatilha rasgada...”.
 
A necessidade de consertar a flauta, certamente revelou a Altamiro alguns segredos do instrumento. “Foi uma luta, eu tive que fazer uma coisa de cada vez, sapatilha, as molas e o elástico. Quando eu não consegui mais dinheiro para mudar todas as molas, que era o mais caro, tinha que desmontar o instrumento. Então, eu fui amarrando com elástico, desse elástico que os bancos usam pra amarrar dinheiro, e ali eu fui amarrando as chaves pra substituir a nota”.
 
Com a flauta remendada, Altamiro resolveu ganhar o mundo. A porta de entrada foram os programas de calouros. Venceu todos de que participou até chegar ao maior desafio que músicos promissores poderiam enfrentar nos anos de ouro do rádio brasileiro. “Eu disse: agora vai ser a prova final e me inscrevi no ‘Calouros em Desfile’, de Ary Barroso, que não perdoava nada. Já havia oito semanas que ninguém ganhava o primeiro prêmio. Eu, quando eu ouvi pelo rádio que estava acumulado, sete semanas em que ninguém conseguia o primeiro prêmio e tal, já ia pra oitava semana, eu me inscrevi, com a coragem mesmo de um gigante, mas tranqüilo. Eu estudei com afinco a semana inteira, o professor, o carteiro Joaquim Fernandes, deixou a flauta comigo... Ele acreditava em mim, me incentivava muito, me orientava, ‘Olha, está quase bom, aqui nesse trechinho você deveria tocar um pouquinho mais suave, para aparecer o grave, sair mais bonito e mais exótico, fica um som fica ainda mais exótico, um som imitando os indígenas’.
 
A peça escolhida por Altamiro foi uma música de Dante Santoro. “Era a ‘Harmonia selvagem’, uma música difícil de executar, mas eu tinha uma facilidade no dedilhado incrível, uma coisa espontânea, ninguém me ensinou técnica de sopro, de embocadura, de nada, eu descobri tudo sozinho. Então, eu fui ao programa do Ary Barroso, fiz uma prece, disse ‘pé na tábua Altamiro, agora é sua vez’. Comecei a tocar, estava indo bem quando, de repente, no meio da música, arrebentou um dos elásticos que suspendia a nota que dava o fá sustenido. O fá sustenido falhava toda vez que eu tocava, as outras notas todas limpas, as dificuldades todas vencidas, só falhando no fá. Ary Barroso percebeu: ao invés do gongo que ele teria dado a outra pessoa qualquer, ele me deixou continuar até o fim. Eu terminei, o auditório aplaudiu muito, aquela coisa toda, e Ary disse assim: ‘Meu filho vem cá’ - com aquele jeito dele -, ‘você só falhou uma determinada hora e tocou a música maravilhosamente, você tocou bem, essa música é difícil... Aí eu contei rapidamente a minha história, ele me olhou e foi falando: ‘Isso é uma porta de lavanderia, isso não é uma flauta... Eu vou fazer uma coisa, vou te dar uma nova oportunidade, vai lá pra dentro, se acalma um pouco, relaxa um pouco e você vai voltar ao programa pra tocar novamente essa mesma música. Ô contra-regra, arranja aí um elástico pro garoto’. Ele me arrumou um elástico, eu consertei a flauta”.
 
Altamiro foi o último finalista a ser chamado para se apresentar. Ary, de forma proposital deixou o garoto para encerrar o programa.
 
“Ele me chamou com toda alegria: ‘e agora o garoto da flauta amarrada de elástico’. O auditório me recebeu como se eu fosse um profissional. Aí é que foi também a minha surpresa maior, porque eu toquei limpo, mas limpo, parecia uma gravação. Até o conjunto de Rogério Guimarães, na época, que era o conjunto dele que fazia o programa, me aplaudiu. Quando olhei, fiquei feliz com aquilo, aquela reação geral até dos músicos”.
 
A reação da platéia e dos músicos antecipou o final do concurso: Altamiro Carrilho levou para casa uma pequena fortuna.
 
“Era muito dinheiro, oito prêmios acumulados. E foi um incentivo incrível: com o dinheiro deu para comprar uma flauta decente. Não preciso nem dizer que foi a primeira coisa que eu fiz... Aliás, segunda, a primeira foi encher a dispensa, que a dispensa não tava lá muito boa. Serviu para ajudar meus irmãos já que o meu pai estava doente na época... Daí por diante eu fiquei muito animado, em todo lugar que eu ia era muito aplauso... Foi assim que o Moreira da Silva me descobriu”.
 
Moreira da Silva precisava de acompanhamento de bandolim e flauta para fazer as introduções de suas músicas e chamou o menino Altamiro.
 
“Eu avisei que era amador, mas o dono do conjunto disse que não fazia mal porque eu tocava muito bem. Tinha 14 anos quando entrei pela primeira vez num estúdio de gravação. Era o estúdio da Odeon, na Rua Visconde de Mário Bloch, uma rua na Lapa. Lá estava eu no meio de profissionais, o melhor conjunto do Brasil, o conjunto de Benedito Lacerda. Benedito já estava bem doente, eu fui o substituindo devagarzinho. Moreira da Silva conversou com Benedito pelo telefone, explicou que queria dar oportunidade a um novo flautista, que era um talento, ele não ficou aborrecido. Gravei, agradei, o diretor da fábrica me apresentou a outro diretor da fábrica, o outro me deu um cartão pra eu ir a outra, enfim, todos colaboraram pra que eu conseguisse gravar o primeiro disco. Aí engrenou”.
 
Nos primeiros anos de estudo com seu Joaquim, Altamiro estudou pelo “Método de Garibaldi”, especial para solfejo. Quando, com a mesma sorte e oportunidade dos anos iniciais, encontrou seu segundo professor, as aulas ganharam um ritmo bem mais intenso. “O Moacir Lisserra, da Escola Nacional de Música, me recebia em casa, porque não tinha tempo para me dar aulas lá no Conservatório. Ele marcou uma vez por semana para eu ir até a casa dele, lá em Santa Teresa. Pegava aquele bondinho, ia lá, e o Moacir, ao invés de me dar uma aula de meia hora, quarenta minutos, dava uma aula de três horas. Detalhe: não recebia um tostão, não queria receber pelas aulas, eu disse, ‘mas por que professor, assim eu fico encabulado, fico sem jeito’. E ele encerrou o assunto falando ‘você merece, quando eu peço pra você estudar uma página, você estuda três, me trás três páginas ao invés de uma, isso é muito bom pra você e pra mim, porque você vai sair fora desses estudos muito rápido’”.
 
Logo depois, Altamiro, inquieto, curioso e ousado, foi procurar o mais conhecido e respeitado dos flautistas brasileiros dos anos 1930 e 40: se não ganhou aulas, ganhou novas oportunidades. “Eu fui agradecer ao Benedito Lacerda por ele ter permitido que eu gravasse no lugar dele, e acabei o substituindo num conjunto famoso que era do Canhoto (Waldyro Tramontano), mas essa é outra história...”.
 
“Além de Moacir Lisserra, que era o mais famoso professor da época, estudei com Celso Woltzenlogel, que até editou um método recentemente (n. e.: “Método Ilustrado de Flauta”, Ed. Irmãos Vitale); com Ari Ferreira, primeiro flautista da Orquestra Sinfônica do Teatro Municipal. E só assim, professores de primeiríssima linha. Eu procurava porque eu digo ‘bom, o que os outros menores sabem eu também já sei, então tem que puxar o carro à frente’. Até que apareceram umas viagens para o exterior e eu tive aulas com um professor russo. Ele falava um pouco de português, um português espanholado que ele aprendeu com um argentino, ele era professor de flauta da Escola Nacional de Música de Moscou”.
 
A viagem para o exterior à qual Altamiro se refere foi a que ele fez como integrante de um grupo de músicos patrocinado pelo governo brasileiro. A caravana tinha o objetivo de divulgar nossa música nos Estados Unidos e na Europa. Como já estava se tornando rotina, Altamiro de destacou pela enorme musicalidade e conseguiu novas oportunidades no exterior
 
“Eu já sabia percussão por intuição, aquilo serviu muito pra mim, com a relação à divisão a percussão ajuda muito. Nas gravações, todo tipo de ritmo diferente eu fazia. Foi aí que, na Inglaterra, uma cadeia de rádio encomendou um disco só de ritmos típicos brasileiros, sem mistura nenhuma. Alguém falou, ‘só quem pode resolver esse abacaxi aí é o Altamiro, que está acostumado com regional, com bandinha, com banda de reco-reco, com o que vier’. Eu fazia porque tinha facilidade para assimilar ritmos. Fizemos então uma gravação com quinze ritmos diferentes, teríamos muito mais pra fazer, trinta, quarenta, mas eles quiseram quinze, os mais significativos que os brasileiros tocavam e curtiam mais, então nós fizemos quinze diferentes. Eu fiz os arranjos lá na hora, distribuí um rascunhozinho pra cada um, manuscrito mesmo, e gravamos. A diretora da rádio gostou tanto, que nos deu um cachê dobrado... Isso aí foi uma das passagens bonitas. Depois, estive pelos Estados Unidos, estive pela Europa quase toda, os principais países da Europa, sempre patrocinado pelo governo brasileiro, que era uma lei Humberto Teixeira, aquela caravana famosa do deputado Humberto Teixeira, do qual nós temos muita saudade (n.e.: Humberto Teixeira, famoso parceiro de Luiz Gonzaga, foi deputado federal e, em 1958, conseguiu aprovar no Congresso Nacional uma lei para que o governo federal patrocinasse viagens de caravanas de músicos brasileiros para divulgar a música brasileira no exterior. Entre os músicos dessas caravanas estavam Waldir Azevedo, Sivuca e Leo Peracchi)”.
  
Altamiro tocou com os maiores músicos do mundo, populares e eruditos, e diz que aprendeu muito com eles. Mas um merece um comentário especial.
 
“Tem um que eu admirava muito e no fim ele passou a ser meu admirador também, ficamos amigos como pai e filho: foi Benedito Lacerda. Tem até uma história interessante: eu já estava na Rádio Tamoio, ele me ouviu e disse para a esposa: ‘- Ô Ondina, eu estou tocando, mas eu não conheço essa música, quando foi que eu gravei essa música?’. A esposa respondeu ‘não, meu querido, não é você não, quem está tocando é um garoto que se chama Altamiro Carvalho, não entendi bem o sobrenome, mas é Altamiro o primeiro nome, ele é do regional de Cesar Moreno, não é solista conhecido não’. Benedito então comentou, ‘mas ele tá muito parecido comigo, eu não me conformo com isso!”. Quando terminou a música o locutor falou, ‘vocês acabaram de ouvir, com o conjunto de Cesar Moreno e Altamiro Carrilho na flauta, a música x’... Ele não agüentou: vestiu um blusão, tirou o carro da garagem, e foi lá na Rádio Tamoio me conhecer pessoalmente. Dali em diante a nossa amizade foi aumentando cada vez mais, até eu freqüentar a casa dele num determinado dia da semana. A gente tomava lanche, aí ele escolhia uma música pra duas flautas e tocava junto comigo. O nosso estilo era idêntico, eu gostava do estilo dele, então procurava fazer uma imitaçãozinha discreta. Isso eu quero deixar bem claro, eu estava procurando o meu caminho, mas o caminho mais curto seria puxar o estilo dele que era o melhor de todos, mais alegre, ele tocava com muita disposição, com muita alegria, embora não fosse um técnico, não era um concertista, mas era o músico popular mais respeitado”.


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segunda-feira, 6 de agosto de 2012




Questão de Semântica
  

O transe da loucura
É como estar numa carruagem
ladeira abaixo
os cavalos, abandonaram as rédeas
Deixando o condutor de carona
Em todo o caminho percorrido
o raciocínio é preservado
como um pai liberal
das almas confusas
Nessa descida
o risco é constante
com probabilidade de acidentes
Surgem os inevitáveis enganos
O SER e ESTAR se embaralham
Dando credibilidade ao delírio
Alternando-se a mais profunda tristeza
com a mais louca segurança
de ser inatingível
O big bang precede o apocalipse interior
O ser eterno é a verdade suprema
Acompanhado do avalanche
de sonhos contidos
ou pesadelos cruéis.
O estar se confunde com o ser
e assim os loucos negam a vida
para viver a sua fantasia dramática
Reis, rainhas, monstros, fantamas e luzes
Habitam esse Universo inviolável
Na corda bamba da razão
O abismo e céu se confundem
Não há preocupação com a desordem
Tudo é muito natural
Para esses Deuses, musas e sofredores
Alienados e incompreendidos
Pela sociedade que os gerou
O Socorro às vezes tardio
Costuma chegar com eficiência
na prisão dos Manicômios
entre remédios, choques e camisa-força
E assim caminham os loucos
Porém, hoje com os CAPs
O SER e ESTAR dão espaço a nova conjugação
O TER consciência da questão
E caminhar entre espinhos
é a mais sensata decisão
Até se chegar ao topo da rosa
Que vadia,
Projeta-se no arco-íris
Maquiando de muitos matizes
E assim reagem os loucos


Tânia Maria da Silva ( a original foi escrita 1997)