domingo, 27 de maio de 2012

OFICINA DE SABERES COMPARTILHADOS NO CAPS DE SANTO ANTÔNIO DE PÁDUA


INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DE SANTO ANTÔNIO DE PÁDUA
LICENCIATURA EM PEDAGOGIA



OFICINA DE SABERES COMPARTILHADOS
NO CAPS DE SANTO ANTÔNIO DE PÁDUA



Tânia Maria da Silva - 4º período
Maio de 2012







“Se teus projetos forem para um ano, semeie um grão.
Se forem para dez, plante uma árvore.
Se forem para cem anos, instrua o povo”.
 Provérbio Chinês








INTRODUÇÃO
Este é um Projeto Pedagógico de Letramento e Recreação, voltado para os usuários do CAPS, Centro de Atenção Psicossocial, que a priori, se propõe a trabalhar com atividades lúdicas, abordando vivências do cotidiano de cada um e norteando o usuário no seu processo de regate de cidadania

“Não posso lhe dizer como é um homem que goza de uma completa auto-realização, nunca vi nenhum”  Carl Gustav Jung

A chamada loucura incomoda a humanidade desde os primórdios, pois temos o costume de não aceitar o que nos envergonha, que quebra padrões pré-estabelecidos, principalmente se este for em nossa casa. Dizem que os loucos se parecem com crianças por desconhecer regras, fazer em público coisas, diríamos “indecentes”, falar o que se passa pela cabeça, enfim, todo mundo condena os loucos nas ruas, mas se esquece de que entre quaro paredes às vezes é capaz de fazer verdadeiros absurdos, mas, “ninguém viu...”. E em relação à criança vemos pais “passarem vergonha” com seus filhos na rua por conta de “artes” que a criança faz. Daí a importância da babá para os mais abastados: “criança tem que ter limite”, pelo menos é o que procuram fazer há séculos com as nossas crianças, por isso existe a escola padronizada, com currículo igual para todos, com o intuito de nos fazer uma Sociedade Uniforme. De criança falarei em outro momento, mas é bom que pensemos o que bom para nossa família, sem a contaminação da hipocrisia delirante.
            Falar do sofrimento e das alegrias dos usuários do CAPS é o mesmo que avaliar a vida de qualquer ser humano e fazer um inventário, estudá-lo a fundo. Todos temos alto e baixos, “de perto ninguém é normal”, a diferença é a patologia; uns são diabéticos, outros hipertensos, tem as enxaquecas em que as senhoras ficam num quarto escuro por um dia às vezes, câncer e enfim, precisaríamos do Código Internacional de Doença para sabermos pelo menos as que são reconhecidas cientificamente.
            Cada um tem a sua dor, e expressa em forma de doença patológica os males psicossomáticos; toda a humanidade está sofrendo de um mal que é ainda pior; a indiferença pelo outro, pois estamos ficando tão egoístas que nem nos lembramos de proteger o Planeta, nossa nave Mãe. Passemos agora a pensar nos seres humanos como parte da natureza, que precisam de ar, alimentação, habitação e principalmente solidariedade para viver; ou a herança material que tanto cuidamos para os nossos filhos, não fará diferença nenhuma, pois eles, se resistirem, terão que habitar um ambiente árido e inóspito e jogarem fora toda a EXCELÊNCIA, por muito trabalho pesado na reconstrução do mundo. Enquanto isso ainda é uma hipótese, pensemos melhor e vejamos que não existe diferença essencial na humanidade; ao menos a terra que abriga todos os seus filhos democraticamente, que tenhamos consciência agora de que todas as criaturas são semelhantes, cada um com sua limitação e/ou talento, mas, simplesmente humanos.
Esse Projeto foi elaborado sob a inspiração do Método Paulo Freire, que conseguiu estabelecer entre outras coisas, um trabalho alfabetização para adultos, aproveitando-se dos objetos de convivência destes no cotidiano.
“Ninguém é sujeito da autonomia de ninguém                    Paulo Freire – Pedagogia da autonomia


O Educador, historiador, romancista e pesquisador, Darcy Ribeiro, vivendo outra realidade, que foi a convivência com  os índios, que lhe rendeu uma vasta  experiência no assunto além de outros trabalhos e pesquisas e inúmeras publicações editadas;  Carl Roger, psicólogo americano que pregava o humanismo como forma de vida e aplicava no seu trabalho de consultório e na Educação, pregando a liberdade de aprendizado sem diretividade, ainda em meados do século XX, causando uma certa ruptura com o método tradicionalista, que era expandido para todos os países subdesenvolvidos; “onde manda quem pode e obedece quem tem juízo”. Um grande exemplo deste método aplicado em escolas; podemos assistir no filme “Sociedade dos Poetas Mortos”.

 “Não havendo para os índios fronteiras entre uma categoria de coisas tidas como artísticas e outras, vistas como vulgares, eles ficam livres para criar o belo.”
Darcy Ribeiro- Livro Rebeldes brasileiros

 Também buscando no psicólogo Vygostck, em suas obras, provando a importância que o meio exerce sobre as pessoas, e seu trabalho dirigido à crianças, onde aborda a importância do convívio com outras pessoas, estimulando as comunidades a interagirem-se, onde cada indivíduo  respeite as singularidades do outro e se situe no grupo, surgiu esta proposta do Projeto no CAPS.

“ Todo inventor, até mesmo um gênio, também é fruto do seutempo e do seu ambiente (...) Nenhuma invenção ou descoberta científica pode vir à luz antes de terem aparecido as condições materiais ou psicológicas necessárias à sua manifestação
Lev Vigostski – Revista Hitória da Pedagogia


Também o filósofo contemporâneo, Edgar Morin, nos faz pensar no planeta como um todo, e nós, partículas que dão existência ao Todo. Para ele o mundo é como uma teia de aranha; estamos todos ligados, porém se algo ou alguém se move de forma perigosa, coloca em risco o Todo, mesmo sem rompimento completo desse tecido.. Para Morin, a importância de cuidarmos com muito carinho do meio em que vivemos e nos aliançarmos com o outro, pois ele é um prosseguimento nosso. Além é claro de mostar a importância individual de leitura  de mundo, onde o interior, rico de fantasias, sonhos, idealiza o exterior com seu olhar.

“ A importância da fantasia e do imaginário no ser humano é    inimaginável; dado que as vias de entrada e saída do sistema neurocerebral, que colocam o organismo em conexão com o mundo exterior, representa apenas 2% do conjunto,enquanto 98% se referem ao funcionamento interno, constitui-se um mundo psíquico relativamente independente, em que fermentam necessidades, sonhos, desejos, idéias, imagens, fantasias e este mundo infiltra-se em nossa visão ou concepção de mundo exterior” 
Edgar Morin – em O Sete Saberes À Educação do Futuro

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JUSTIFICATIVA
 A ideia é ir desvendando a leitura de mundo de cada um, seus conteúdos, trabalhando com um cronograma de atividades previamente elaborado, porém com flexibilidade, que poderá ser alterado de acordo com os planos de trabalho diário. Necessitando de uma sala disponível para as atividades que assim o exijam, requerendo assim espaço fechado com cadeiras e outros utensílios apropriados, ou de acordo com o clima que estiver fazendo.
Sem características de escola comum, aproveitaremos o conhecimento empírico de cada um e não haverá obrigatoriedade e diretividade é o crescimento pessoal de cada usuário. A avaliação será feita pelo grupo, em que cada um terá respeitada a sua opinião, com o mediador anotando os resultados que se necessário serão rediscutidos e concretizado o desejo da maioria. A idéia é de aprendizado mutuo e com recreação.

Obs. Em função do CAPS Pádua, que já conta com 17 anos e cresceu ainda mais com o ambulatório, que trouxe novos usuários que passaram a conviver com os pacientes mais antigos da Ilha, (apelido carinhoso onde funciona sede do CAPS Pádua) que são olhados com certo preconceito. Apesar da Instituição, estar trabalhando a socialização, seja no BOM DIA, JORNAL DO CAPS, NA OFICINA DE SABÃO RECICLADO E OUTRAS OFICINAS E TERAPIAS QUE BUSCAM O BEM-ESTAR DO USUÁRIO; percebem que um trabalho pedagógico na Ilha irá render grandes frutos, tanto cultural, quanto com a Comunicação e interação dos indivíduos e a Comunidade.


OBJETIVOS GERAIS


- Mediar conhecimentos e trocar experiências com o grupo.

- Estabelecer uma proposta mínima de horários e participação do grupo, c/ atividades diversificadas, porém, com uma certa flexibilidade diante do contexto.

- Estimular o usuário a desenvolver e aprimorar, espírito crítico, a partir de seus conhecimentos e da troca e pesquisa de informações.

- Possibilitar alfabetização e outros aprendizados à partir do Letramento Individual

- Incentivar movimentos de autonomia de cada um para um possível no regate de identidade.

- Conscientizar aos usuários seus direitos e deveres; a INCLUSÃO dos usuários do CAPS, em ambientes diversificados, como: trabalho formal, escola, internações e atendimentos à rede pública de saúde, órgãos públicos, circulação em ambientes comerciais sem escárnio por parte do atendente; enfim, direito ao que já têm direito

- Fazer com que os usuários interajam e  que todos participem; (inclusive a clientela de ambulatório)  onde além de cultura e diversão, será possível aumentar os laços de camaradagem.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

-Promover estudos, apresentação de filmes, debates, dinâmicas de grupo, no sentido de estimular a cada usuário a ter consciência dos seus direitos e deveres de cidadão, respeitando o grau de entendimento do indivíduo.

_ Iniciar ou dar prosseguimento ao processo de alfabetização, procurando aplicar a interdisciplinaridade no processo de Letramento.

- Inserir várias disciplinas pedagógicas, respeitando a leitura de mundo de cada um. Aproveitar a interdisciplinaridade para que o ato seja prazeroso.

- Promover passeios pela cidade, em lugares interessantes e até em municípios vizinhos, havendo a possibilidade. Movimentos que serão discutidos depois, em grupo.
- Valorizar a comunicação e expressão, apresentando peças teatrais, onde a pessoa terá consciência de estar encarnando outro personagem e se divertindo.

- Colaboração também com Jornal do CAPS, com depoimentos ou qualquer outro tipo de texto.
- Resgatar velhos valores, brincadeiras e cultura.

- Haverá também um círculo de leitura, onde cada um interpretará o que leu de acordo com o seu entendimento. A interpretação pode ser feita de várias formas, desde a escrita, a falada, cantada, mímica e outras idéias que possam aparecer no momento da interação.
pregando a liberdade de aprendizado no ino forma de vida e aplicava no seu trabalho de consult
CARGA HORÁRIA SEMANAL: 20h – divididas pelos cinco dias de funcionamento do CAPS; começando a oficina às 13h00minh e terminando às 17h00minh, intercalando as atividades na sala ou ambiente aberto, para dar maior dinamismo, ou mesmo fazendo passeios para serem apreciados e comentados depois, com filmes dentro ou fora do CAPS, além de outras propostas que seja do interesse do grupo e surjam no decorrer das oficinas. Perfazendo um total de 80h mensais.

CRONOGRAMA

1º Bimestre –  Apresentações: “Minha história”, cada um fala de si se quiser; Filmes, debate; Desenho, colagem e pintura - livre; passeios, consenso; ex Shoping, Asilo, primeiras palavras. Datas comemorativas. Brincadeiras. Jogos, lógica Cultura Geral – Trabalhos em grupo e individual Avaliação. Com flexibilidade de atividades.

2º Bimestre –– Trabalhar comunicação, letras, desenhos, músicas, colagens, mímica – Filmes, debates, interpretação individual com liberdade de expressão; passeio à expo Pádua, passear e contar, praças. Apresentação de livros. Brincadeiras. Cultura Geral Trabalhos em grupo e individual - Avaliação

3º Bimestre – Continuar trabalhar comunicação com; jogos de lógica, leituras livres, escrita livre, verbalmente; colaborar com outras oficinas, ex- jornal, etc..., filmes, contação de história, brincadeiras. Trabalhos em grupo e individual. Cultura Geral – Datas comemorativas Avaliação

4º Bimestre – Continuar com comunicação; Leitura, interpretação  livre, livros -  Jogos  - Lógica, Confeccionar um painel com as produções dos usuários.Datas comemorativas -  Cultura Geral  - Teatro – apresentação

Recursos Materiais: 30 carteiras escolares, 50 cadernos de pauta, pequenos, 3 resmas de papel jornal, 1 resma de papel A4, 10 caixas de  lápis de cera,  10 caixas de canetinhas hidrocor. Quadro para caneta pincel, 12 canetas pincel, (5 pretas e o restante colorida, jogos) de damas, dominó, cartas de baralho, quebra cabeças, jogos de labirinto, bolas comuns de boa qualidade, cubos, figuras geométricas, corda e outros jogos que ajudem no controle motor e ajude no raciocínio lógico.
Gravador, 05 folhas de isopor, 10 cartolinas coloridas, 05 folha de papel camurça,  Dicionário, Livros de histórias infantis e adulto, de poesia, didáticos do 1º segmento, gibis, revistas e todo o tipo de literatura  que possa ser inserida nas oficinas de comunicação. Preciso de acesso a um computador para emergências.
Aparelho de som, CDs com rítmos variados, um aparelho de TV e um DVD, que serão requisitados com datas previstas anteriormente. E se necessário, outros materiais.

Além do material acima requerido, promoveremos gincanas ecológicas, com o recolhimento de materiais recicláveis, utilizáveis nas oficinas para criarmos outras alternativas de recreação e conscientização para a reciclagem. Entre outras idéias que possam surgir no percurso.


BIBLIOGRAFIA:

A ideia foi inspirada em alguns dos seguintes Autores que podemos chamar de livres Pensadores:

RIBEIRO, Darcy, “Gentidades”!, Porto Alegre; L& PM – 1997 –
ROGERS, Carl, “Liberdade para Aprender” – Ed. Do Professor – MG – 1969
FREIRE, Paulo, “Pedagogia da Autonomia” – Ed. Paz e Terra – SP – 1996 – Revista, História da Pedagogia – Ed. Segmento – RJ – 2010
MORIN – Edgar – 1921 – “Os sete Saberes necessários à Educação do Futuro SP – UNESCO - 2003

Educação Indígena Comtemporânea



A Globalização e a Educação Indígena


Caroline Rosa Mesquita ¹
Brena Camila Lobato Pontes ²
RESUMO Este artigo tem como objetivo traçar uma analise sobre a educação formal para o indígena no âmbito geográfico, procurando estabelecer a relação entre o processo de globalização e as reais causas histórico-geográficas que acarretaram a necessidade indígena de reivindicar seus direitos educacionais.
Palavras- Chave: indígena, globalização, sobrevivência, isolamento e sociedade.
A necessidade da educação escolar, hoje admitida e reivindicada pelos índios, é fruto da percepção global indígena. Antes, educação na tribo era única e exclusivamente, a transmissão dos conhecimentos culturais hereditários, atualmente, a necessidade de aprender o que antes era apenas a educação dos "civilizados" vem se tornando essencial.
A relação de contato, com as demais sociedades, perdeu a conotação ameaçatória e assumiu caráter indispensável para sobrevivência das tribos na era da globalização. Anteriormente, o isolamento geográfico propiciava o isolamento social, hoje, com o desenvolvimento tecnológico, a informação circunda o mundo, e não há como privar o povo indígena do conhecimento e de seu direito a participação no cenário mundial.
A HISTÓRIA DO PROCESSO DE EDUCAÇÃO INDÍGENA
A educação produzida para o indígena possui um histórico amplamente relevante, que partiu de um caráter obrigatório, para, recentemente, assumir caráter de direito. É fruto de um processo intenso de valorização do indígena, uma vez que, foi necessário percebermos que, para educar formalmente e cientificamente o índio, não se faz necessário despi-lo de seus hábitos culturais ou afastá-los de seus vínculos sócio-espaciais e sim, aliar seu lugar de origem, seus conhecimentos prévios e uma postura cientifica. A educação para o indígena só se realiza de maneira eficiente e real se for bilíngüe e tratada de maneira intercultural. A educação escolar deve ser um instrumento de afirmação da cultura indígena e também de preparação dos índios para se relacionarem com a sociedade de fora conforme o interesse de cada povo. (Professor Walmir Kaingang, RCNEI)
A educação indígena pode ser percebida, e delimitada historicamente, em quatro fases. A primeira fase, que perdurou mais de quatro séculos, foi a mais extensa, iniciada no Brasil colônia, quando a escolarização do índio esteve nas mãos dos missionários católicos, especialmente os jesuítas, que, por questões mais políticas do que religiosas, submeteram os índios a uma educação voltada para seus interesses sócio-religiosos. A segunda fase, que ocorreu somente no século XX, foi marcada pela criação da SPI serviço de proteção ao índio, em 1910, e se estende a política de ensino da FUNAI fundação nacional do índio. A terceira fase se estendeu do fim dos anos 60 aos anos 70, destacando-se nela o surgimento de organizações não governamentais que passaram a atuar, de maneira a promover nas tribos, a percepção da importância de se conhecer a educação das ciências.A quarta fase, que se iniciou nos anos 80, começou pela iniciativa dos próprios índios, que passaram a perceber a necessidade de se igualar aos demais povos, e a reivindicar, a partir de então, a definição e a autogestão dos processos de educação formal.
A GLOBALIZAÇÃO E A EDUCAÇÃO
Se referendarmos como contexto o período que se estendeu do século XVII ao século XX, poderemos afirmar que, o índio tinha como característica, viver um isolamento geográfico, restringido ao seu meio natural, o que acabava por gerar um isolamento social, mantendo o indígena a quem das esferas políticas e econômicas decorrentes nos três séculos.Essa realidade vem se alterar, apenas, às vésperas do século XXI, em decorrência do fenômeno de integração. O processo de globalização tem por pressuposto básico, o rompimento de barreiras, e isso implica na facilitação da disseminação de informações. Os povos indígenas que, anteriormente, primavam por manterem-se socialmente distintos, o que de certo modo pode ser encarado como resultado de um "trauma" histórico, fruto do tratamento restritivo imprimido pelos europeus, agora reivindicam o direito aos saberes científicos. A percepção de que se faz necessário entender, não apenas sobre a natureza próxima, mas também conhecer sobre o que ocorre por de trás das fronteiras indígenas, deixou de ser uma imposição da sociedade nacional, nos últimos anos, e tornou-se reivindicação do índio, a fim de construir novas formas de relacionamento com os diversos segmentos sociais, para fazer parte do processo de integração, e das tomadas de decisões a nível global.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O rompimento de barreiras territoriais e sociais vem promovendo uma mudança de mentalidade generalizada. Por um lado o indígena que finalmente vem percebendo a importância da educação para se inserir no contexto mundial. Do outro lado, a nossa sociedade, que absorveu a prerrogativa de que ainda que o índio necessite dos conhecimentos de outras culturas, necessita, acima de tudo, preservar sua cultura, seus costumes e seu habitat natural. É obrigação constitucional oferecer à comunidade indígena a possibilidade crítica de conhecimento a cerca das questões políticas, econômicas e sociais do mundo. Por que, somente desta forma, o índio terá domínios sobre saberes da sociedade e poderá, quando necessário, defender seu povo.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CASTILHO, Mariana Wiecko Volkmer. "Uma reflexão sobre a Educação Indígena". http://www.ufmt.br/revista/arquivo/rev21/mariana_wiecko. Extraído dia 2 de Maio de 2009.
FISCHMANN, Roseli. "Povos Indígenas e Tolerância: construindo práticas de respeito e solidariedade". http://www.books.google.com.br. Extraído dia 10 de maio de 2009.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. "Referenciais para a formação de professores indígenas". Secretaria de Educação Fundamental. Brasília - MEC - SEF, 2002. Extraído dia 10 de maio de 2009.
1 Acadêmica do curso de Licenciatura Plena em Geografia do Instituto Federal de Educação,Ciência e Tecnologia do Pará IFPA.
2 Acadêmica do curso de Licenciatura Plena em Geografia do Instituto Federal de Educação,Ciência e Tecnologia do Pará IFPA.


sábado, 26 de maio de 2012

Paraiso perdiodo

Paraíso perdido  


Se você estivesse aqui agora
Tudo seria diferente
Este cinza do céu ficaria mais blue
Inspirando-nos a fazer muito amor
Os pardaizinhos se converteriam em andorinhas
Anunciando sol, calor e ardor
Andaríamos de mãos dadas na chuva
Feito a bailarina e o soldadinho de chumbo
Num só coração a palpitar o amor
Este deserto de sentimentos bons
Se tornaria uma represa transbordante
De amor, desejo e plenitude

Se você estivesse por perto
Certamente eu seria mais feliz
Eu cantaria desafinado
Me sentaria no meio dos bancos do carro
Só para sorver mais um pouco de você
Você que viveu na minha vida
Que me concedeu a graça de ser o primeiro
Talvez primeiro, único, eterno
Que renasce a cada dia
Dentro da minha saudade
Do que foi você
Doce presença ainda hoje
Se você estivesse aqui
Talvez tudo seria mais colorido
Minha terna lembrança
De um amor amigo, amante e brilhante
Quem sabe te encontrarei na estrela Norte
Para um dia voltarmos a ser um
E dividirmos toda a alegria do mundo
Com nossa família que é o Cosmo
Para falar de você faria um livro inédito
Contando os pormenores marcantes
Que enchiam nossas vidas de um amor
Amor que transcende a materialidade
Alcançando a eternidade.


Lembra? “Você foi o caso mais antigo e o amor mais amigo que pude fazer”
“...Das lembranças que eu guardo na vida você é a saudade que eu gosto de ter. Só assim sinto você bem perto de mim outra vez”

Te amo, te amo, te amo eternamente.
Feliz estadia aí do outro lado da Vida
Espero em breve partilhar contigo coisas boas.
Fico com pena de me despedir
Até breve meu amor.O maior pedido que faço a Deus é que me permita te encontrar, lindo, me aceitando como eu estiver.
Já disse que te amo?


Tânia Maria da Silva

anisia-nascimento: Presidenta Dilma veta 12 dispositivos e faz 32 alt...

anisia-nascimento: Presidenta Dilma veta 12 dispositivos e faz 32 alt...

Na Era da Tecnologia as pessoas estão menos disponíveis


Na Era da Tecnologia as pessoas estão menos disponíveis


            Entre 70 e 20 anos atrás, a vida era mais lenta, dava para contar os dias da semana e esperar pelo domingo, que sempre tinha um almoço especial para as famílias. Reuniam-se todos, crianças, jovens e adultos, em grupos separados para prosear, jogar, fazer os pratos que seriam servidos; os jovens de ambos os sexos ficavam separados contando os seus feitos, sonhando com os amores frustrados e as crianças corriam de pé no chão, subiam em árvores e brincavam de brincadeiras que hoje já não vemos mais.
            Durante a semana, os que estudavam, andavam por cerca de duas horas para chegar à Escola e encontrar a professora para fazerem a fila e irem para a sala de aula. A lousa antiga se impunha á frente dos alunos, que sentados não podiam sequer olhar para o colega vizinho, tinha de haver silêncio e disciplina rígida. Os castigos para os peraltas era; ficar ajoelhado em cima de caroços de milho, de pé sozinho num canto olhando para a parede, isso sem contar nos puxões de orelha e reguadas na cabeça para quem não aprendesse a lição. Este relato é importante, para sabermos como a Educação vem caminhando através dos tempos e analisarmos que os direitos humanos, pelo menos em tese existem e podem ser aplicados através da lei.
            Porém antigamente, a marcha da vida era mais lenta, as moças ficavam em casa aprendendo as “prendas domésticas”, porque aos seus destinos estava nas mãos do futuro marido, tinha que ser um rapaz de posses ou trabalhador. As famílias eram grandes, guardando sempre as tradições das gerações passadas enquanto a mulher se encarregava dos serviços domésticos, os homens eram mais livres e por vezes viajavam a negócio, se esbaldavam também nas casas de Tolerância (Prostíbulo). As esposas esperavam na pachorra do trabalho diário e na lida com as crianças. “Homem é bicho do sereno”, alegavam todos. Também são importante os mais jovens saberem que no passado, as figura feminina era puramente figurativa, além de ser a procriadora. Hoje, o número de mulheres que são chefes de família é assustador, com o advento do movimento feminista; e mesmo os casais, que modernamente podem ser; étero sexual, homosexual e relação aberta; enfim, todos se unem por afinidades e não mais o papai-mamãe.
            E os jovens como ficam na pós-modernidade? Talvez com conflitos e sonhos diferentes, mas, rebeldes, estão sempre querendo inovar, seja na roupa, tatuagens, cabelos, todos continuam seres humanos e passíveis de ter questionamentos de ordem interna que externam com tipo de tribo a que se juntam. Quanto à tecnologia; na vida do jovem é tudo, vai desde o micro que deve ser de última geração ao celular que a cada dia apresenta mais uma novidade útil; e os que não podem comprar, restam as Lance Bose, que vivem abarrotadas de gente viciada em jogos digitais. Outros acessórios na vida da juventude atual, são as roupas de grifs e caríssimas, afinal chegamos ao neo-liberalismo, a era do consumismo. Quem não pode comprar pirataria que já se tornou uma rotina no mercado brasileiro. Mas temos jovens que ralam e os que protestam na Universidade Pública, contra a política do Governo, contra a vontade dos pais que na maioria das vezes, são doutores que deram educação privada ao filho, para que este chegasse à Universidade Pública. Parece que está acabando com as novas políticas educacionais do Governo, priorizando os oriundos de Escola Pública, Índios e Negros.
            Com toda essa demanda do Mercado, a vida das pessoas ficou mais agitada e o tempo exauriu-se entre as necessidades e as ofertas comerciais; o que antes era natural, como caminhar hoje, é necessidade devido ao sedentarismo, aí vem as academias, e outras formas enlouquecedora para se ter um corpo esquio. Quer uma pizza? Liga para Pizzaria X que entrega em casa. Só falta arrumar alguém para carregar no colo para não pisar no chão de salto alto! Enfim, na Era da Tecnologia, ficou tudo mais fácil, porém as pessoas estão cada vez mais sem tempo. Por quê? Talvez as pessoas queiram correr contra o tempo para no futuro descansarem e se esquecem que para nós reles mortais, só existe o hoje, que deve ser vivido movido por sentimentos de amor, amizade, solidariedade entre outros.   

Tania Maria da Silva
             
           
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sexta-feira, 11 de maio de 2012

Brasi; mostra a sua cara


Cadê Internacionalismo das “esquerdas” brasileiras


         Estamos vivendo um panorama mundial, onde o capitalismo se vê comprimido por sua própria cancela, como previu Karl Marx, mais contemporâneo do nunca; o grande imperialismo está se consumindo. È claro que os cartolas que manipulam o mundo, estão centrando fogo em outros paises, que segundo eles ou estão em crise, os primos-irmãos da Europa; atacando sem dó nem piedade os povos e paises ricos em petróleo, e “negociando” com países como os da América Latina, que sempre estiveram sob seus controles.
         Parece distante a questão Internacional, mas é nas reuniões de protocolo doas paises poderosos (graça ao nosso subjulgamento), que saem as diretrizes Econômicas, que vão pautar toda a política dos paises subalternos. Será que realmente somos solidários à causa Palestina e tantas outras que evidenciamos no cotidiano. Até a leitura mística diz que nós só podemos ser completos com a harmonia do Todo...
         No Brasil, vemos que os partido de esquerda se esfacelaram em mil, por divergências pueris, ou que poderiam ser discutidas internamente. Não temos mais a militância que havia, pois o PT, Partido dos Trabalhadores, que foi criado como uma frente de alternativa, se fragmentou e capitulou à burocracia, fazendo alianças com Deus e com o Diabo. Daí os escândalos que estão ocorrendo no cenário nacional, além não termos mais uma Central que represente verdadeiramente os trabalhadores. A CUT agora está no Poder, e até o salário mínimo que o DIESE  calculava não está mais em pauta.

“Brasil, mostra a sua cara...” Cazuza


         Tão antiga e pós-moderna a canção do nosso poeta, pois no nosso poder nacional, mudou os artistas, mas o palco e os malabarismos continuam os mesmos. E o povo? Ah, este mais uma vez comprou propaganda enganosa e está mais uma vez, experimentando o sabor das maracutaias do Governo. E agora? O PT que era do Trabalhadores, passou a ser um partido de massas? Agora está desacreditado e  os outros partidos fragmentados, fazem críticas, denúncias e as greves agora se restringem a quem tem estabilidade. Sugiro que os partidos de esquerda verdadeiramente, promovam um encontro, sem estrelismo e ganância nos direções, façam uma frente sem acordos de cargos, e, se esse for mesmo o interesse das partes. Que retomem o processo burguês das eleições, unidos nas questões nacionais e sempre discutindo as Internacionais.. Tendo bem claro  que precisamos sobreviver; mas foi pensando e trabalhando nessa construçlão, que o nosso querido Karl Marx, teve uma vida difícil e morreu na miséria. E quem somos nós?????


Tânia Maria d Silva






domingo, 6 de maio de 2012

Breve histórico da psicóloga, Emillia Ferrero, seguidora de Piaget


Biografia  de Emília Ferrero

            Emília Beatriz Maria Ferrero Schiavi,  nasceu em 1937, formando-se psicóloga, na Universidade de Buenos Aires, onde estudou e trabalhou com epitemologista, Jean Piaget. Dando aí seu interesse pelo trabalho pela psicogênese da língua escrita e falada.
            Exilada após um golpe de Estado na Argentina, foi para Suíça, onde Ministrou aulas na Universidade de Genebra, onde teve a oportunidade de elaborar uma pesquisa em crianças portadoras de dificuldades.
            Em 1979, vai para o México com seu esposo Rolando Garcia, e, com a co-autoria de Ana Teberoski,  publica o livro: “Los sistemas de escritura em desarrollo del nino”. Seguido de muitos outros livros voltados para o tema de suas pesquisas.
            Inspirada no Mestre Piaget, Emília procurava entender como se dava a construção da Linguagem e da Escrita das crianças e como isso era construído. A idéia era “fazer uma análise que vá além da sílaba”. 
Observando as fases da construção da leitura das crianças, que desde o início vão evoluindo na compreensão das palavras. Primeiramente, ilegíveis, vão se aprimorando com o decorrer do alfabetizado. Dentro dessa estrutura, a própria criança vai tendo capacidade de compreender, sílaba, fonemas,vogais, consoantes e vai dando forma ao seu pensamento na escrita.

            Emília determinou a seqüência de etapas, ou seja, para que algo aconteça, é necessário que a criança já tenha passada por outra antes. A cada avanço que o aluno alcançava, os “erros” eram valorizados como “erros construtivistas”, para que o professor investigue o porquê daquelas respostas. Os estágios são divididos em:

PRÉ-SILÁBICO

Nesta fase, a criança  percebe que para escrever, são necessárias formas além do desenho e após esta etapa começa a exigir o conhecimento de outras letras, não aceita a repetição. Além de relacionar o número de letras ao tamanho do objeto.

SILÁBICO

Neste estágio começa a haver uma relação significante entre o que se escreve e o que se lê. Tem início a fonetização. Cada sílaba oral representa uma letra na escrita, independentemente de ter ou não o valor convencional.

ALFABÉTICA

Agora as representações gráficas passam a ocorrer através dos fonemas das palavras e na por sílabas orais. Neste momento ela percebe que uma sílaba pode ser constituída por uma, duas até  três sílabas, procurando escrever de acordo com o som que escuta.


Fonte: Jornal Educar;
Série Pedagogos; CARVALHO, Regina – História da Educação


Tânia Maria da Silva – 4º período - Pedagogia

sábado, 5 de maio de 2012

HISTÓRIA DA LIGUAGEM ESCRITA E ORAL NO MUNDO ATRAVÉS DOS TEMPOS


A Linguagem oral e escrita da humanidade no decorrer dos séculos


            O homem desde a Pré-história, iniciou uma linguagem de símbolos para registrar, fatos e se comunicar com os outros. À medida que foi evoluindo,  procurou  uma forma de entendimento e interação  grupal, assim, podiam se comunicar de alguma forma, pela necessidade de sociabilidade e principalmente de sobrevivência. À medida que conseguiam ser entendidos e começarem a fazer a leitura do outro, foram inventando utensílios para uso pessoal e dos grupos, buscando desta forma na natureza, recursos para construírem objetos que facilitassem o dia-a-dia. Com o decorrer dos séculos esses recursos foram se aprimorando, até chegarmos a escrita, onde nasceu a história que aprendemos desde os primeiros anos de Escola.
            As pinturas rupestres, na Pré-História, foram uma das primeiras expressões grafadas no mundo, são criptografias,  como também utensílios de argila e algum tempo depois até de metais. Isso mostra que o homem das cavernas teve uma grande importância na escrita da humanidade. Porém com as suas grafias, feitas nas pedras das cavernas. o homem primitivo, primitivo foi precursor da linguagem escrita.
            As novas formas escritas vão se aprimorando se expandindo e com a interação das comunidades, vão tendo interpretações e escritas comuns aos povos. Os Egipcios,  foram produzindo uma nova formas de escrita, o hieróglifo, com os sons dos seus pictogramas. Os homens também, AC, também transcreviam as mensagens sagradas, tanto as Mosaicas quantos aos povos da Ásia. Daí, nasceram os alfabetos.
            A Grécia, sendo o berço da civilização, se aprimora na instrução dos nobres, que iriam governar as polis e deveriam ser homens de conhecimento e sabedoria, muito embora cultuasse os seus  Deuses, que ficaram imortais na história da Terra. Mas foi o Estado Romano que institucionalizou a escrita, tanto assim, que a história começa com o nascimento de Cristo. Os Romanos instituíram muitas leis e a grafia foi aos poucos se misturando com a Grega, daí termos palavras de radicais Greco-Romanos no nosso dia-a-dia.
            A língua Portuguesa, sendo derivada da Galícia, um pedaço da Espanha, é considerada ùltima Flor do Lácio. As invasões foi um fator preponderante para que um povo modificasse sua língua, pois o invasor impunha como língua nacional a do seu país. Por isso temos as mais variadas escritas pelo mundo, dada a distância e falta de comunicação e no passado pelas invasões. Hoje podemos ver que com o avança da tecnologia, a língua escrita que mais se expandiu no Globo, foi o inglês, que ainda pode ser Britânico ou Norte Americano.

Resumo; Tânia Maria da Silva – 4º período  -
 GRADUAÇÃO EM PEDAGOGIA
ISE – Instituto Superior de Educação – Pádua - RJ