domingo, 16 de março de 2014

Edgar Morin e como Ensinar a identidade terrena X Educação capitalista, voltada para o Mercado de John Maynard Keynes







Uma breve comparação entre Edgar Morin e como Ensinar a identidade terrena X Educação capitalista, voltada para o Mercado de John Maynard Keynes

Edgar Morin, nascido em Paris, filho único de uma família judia. Sua mãe faleceu quando ele tinha 10 anos.. Estudou direito, história, filosofia, sociologia e economia. Em 1942, obteve a licenciatura em direito e em história e geografia. Em 1941, adere ao Partido Comunista, «num momento em que se sentia, pela primeira vez, que uma força poderia resistir à Alemanha nazista.
Depois de lutar como combatente, deixa o partido Comunista em 1949 e  começa uma crítica aos Judeus que perseguiam os palestinos, publicando vários artigos à respeito. Chegando a ser processado por seus artigos, sendo acusado de racista. Sendo autor de muitas obras que questionam o homem, a razão e o imaginário. Entre as obras de Morin, está os Setes Saberes que aborda com muita propriedade  a condição humana e suas incertezas.
Dentre elas, Ensinar a identidade terrena, que consiste no reconhecimento da identidade planetária e a importância  da mesma para a Educação. Pois segundo Morin, o destino planetário é uma das realidades que a Educação ignora, devendo o tema se converter num dos temas centrais da Educação do século XXI.
È importante mostrar a história da era planetária, que se iniciou com a comunicação entre todos os continentes, mas de forma desigual para alguns povos. Colocando a  importância da interatividade no globo, no reconhecimento de identidade terrena, sem ocultar as opressões e a dominaçã que devastou a humanidade e que ainda sobrevive nos dias de hoje.
Morin também destacou que o processo de migração levou ao mundo inteiro fatos novos, em todos os sentidos. Desde o conhecimento, ciência, tecnologia, até doenças que disseminaram e invadiram comunidades, desde as mais pobres às grandes sociedades. Desde que o homem resolveu conquistar novas terras, evoluiu, mas também criou vários outros problemas na medida que interferiu no ritmo da natureza. Daí o autor afirmar sobre as incertezas quanto ao futuro, na busca da identidade terrena, que a seu ver envolve a individualidade humana , mas também tem que ser considerada no conjunto pois um faz parte do outro.
Vivendo Morin no século XX, considerou que o marco da crise planetária mostra que a identidade terrena partilha do mesmo problema, vida e morte como destino. E, em função da crise planetária o ser humano iniciou uma busca desenfreada por alternativas, como bucar qualidade vida, se refugiar no consumismo, a busca da sensibilidade, com outras relações mais humanas e solidérias.
Diante de tanta diferença e ao mesmo tempo igualdade, Morin afirma que; “é necessário ensinar não mais para unir concentricamente as pátrias, famílias regiões, mas sim integrá-las no Universo concreto da pátria terrestre.”

 

John Maynard Keynes e a educação do capitalismo

      Considerado um dos mais importantes economistas de toda a história, John M. Keynes nasceu numa família de intelectuais.
Em 1902 Keynes recebeu uma bolsa de estudos para estudar no King's College, da Universidade de Cambridge. Conta-se que, ao entrar na universidade, já possuía 329 livros antigos.
    Em 1919 publicou seu ponto de vista no livro "As Conseqüências Econômicas da Paz". Seu trabalho teve grande impacto político em praticamente todas as nações capitalistas. . Em 1944 chefiou a delegação britânica na Conferência de Bretton Woods, que deu origem ao Banco Mundial e ao Fundo Monetário Internacional.
John M. Keynes morreu em em decorrência de problemas cardíacos.

        Para a educação, o paradigma de produção no fordismo (Ford - Empresário Americano que enriqueceu com a sua linha de montagem de carros) traz como principal conseqüência a dualidade na educação. Ou seja, traz a necessidade de escolas diferenciadas para cada tipo de futuros trabalhadores: uma para aqueles que irão pensar, conceber os processos produtivos, e outra para aqueles vão apenas executar as tarefas pensadas pelos primeiros.
No Brasil, isso pode ser constatado pela dualidade nos tipos de escola, para as diversas realidades que as pessoas viviam. O antigo segundo grau, chamado também de científico, se dirigia às pessoas mais abastadas dentro da hierarquia social, que não precisavam trabalhar. Assim, podiam retardar sua entrada no mercado de trabalho após o término do curso superior e se aperfeiçoarem. Para estes, portanto, os cursos os preparavam para a entrada na universidade.
De outro lado, para os filhos dos mais pobres da sociedade, que não podiam aguardar o término do curso superior para a entrada no mercado de trabalho, havia os cursos de segundo grau profissionalizante. Estes, entretanto, eram pensados para alguma carreira técnica dentro das organizações produtivas, geralmente pensadas em termos das qualificações para os postos mais subalternos. No Brasil, esta dualidade na formação das pessoas durou, pelo menos em termos de lei, até a promulgação da LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, em dezembro de 1996 (Lei 9.394/96).
Como vemos, a dualidade de processos de trabalho a que eram submetidas as pessoas dentro da fábrica era copiada nos modelos educacionais. Em relação ainda às conseqüências do modelo de organização fabril dentro da escola, não devemos esquecer que neste modelo, como a concepção era separada da execução, havia a necessidade de que pessoas trabalhassem observando como era executado o trabalho, o que na fábrica é conhecido por supervisão. Em qualquer escola brasileira, ou ainda na imensa maioria delas, existe o cargo de supervisor educacional. Ou seja, nossas escolas ainda estão organizadas dentro do paradigma fordista de organização do trabalho.
Outro elemento importante a ser pensado é em relação ao tipo de educação que se quer. Como a lógica do sistema fordista de produção era a produção em massa para um consumo em massa, isso significava a necessidade de um tipo padrão de trabalhador que iria trabalhar praticamente da mesma forma, bem como consumir praticamente as mesmas coisas.
          O fordismo keynesiano e a educação partir de salas de aula com apenas um professor, seguido por um número grandede alunos que erapraticamente obrigados a repetir tudo o que o professor falava.
         Era o modelo pedagógico tradicional, mas note que esta pedagogia tem raízes também no mundo da produção, não dependendo, portanto, somente da maldade ou do gosto das pessoas.
Sua doutrina máxima, a do keynesianismo, previa que o Estado pudesse interferir na atividade econômica de forma a buscar o desenvolvimento econômico e o bem-estar das pessoas.

            Assim, este pôde incentivar como quis, de um lado a modernização conservadora da agricultura e de outro, a consolidação no país da indústria automobilística, além de todo um aparato público–privado de pesquisa para o desenvolvimento econômico do Brasil.Desta forma, a escola continuou dual, com modelos para os que iriam ocupar cargos diferenciados nas hierarquias
organizacionais, para os que iam conceber o trabalho e para os que iam executá-lo. Vindo agora, no século XXI, a iniciar um resgate de cidadania da população carente e com uma melhor qualidade de ensino para todos.

Comentário
         A grande diferença do pensamento de Edgar Morin em relação `a Jhon Keinesé que o primeiro pensava na educação global, Morin respeita as singularidades do sujeito, sempre na busca da liberdade de expressão e outros direitos, inclusiva o de errar. Vendo o ser humano como um todo, fazendo parte do Universo, tendo a identidade terrena independente de pátria ou qualquer outro movimento faccioso. Colocando peso na união do homem, apesar das diferenças, na busca da identidade terrena, que nunca se finda pois a busca é infinita.
            Em contrapartida Keines pensava no homem como se fosse robô fabricado em série e escala. Desumanizando tanto a educação como o processo de trabalho, para os menos abastados, condecorando assim uma elite hierárquica na sociedade.
            Enquanto o filho do trabalhador braçal ia seguindo os mesmos passos do pais, por falta de opção estudava somente o suficiente para ser chefiado nunm trabalho manual e os filhos dos ricos se formavam nas Universidades para dominar a mão-de-obra semi-escrava.
            Keines seguia a linha fordista de produção, onde o que importava no final era o Capital. Sem pensar em igualdade de oportunidades para todos. Seu mundo se resumia no montante do Tesouro e na mais valia. Poucos tinham a identidade terrena reconhecida, pois a grande maioria  era escória da sociedade. O privilégio a uma Educação de qualidade e voltada para o comando estava nas mãos de poucos privilegiados. O mundo capitalista pensa na terra como investimento monetário, enquanto Morin vê mais adiante e valoriza acima de tudo o ser humano. Pois as transformações só podem ocorrer com a conscientização do homem que se identifica com o seu meio, fazendo uma permuta e não um movimento exploratório.  Ainda estamos lutando contra o paradigma do capitalismo com novas linhas de pensamento, a de preservação do planeta vem sido discutida e colocada em xeque para os países ricos. Porém segundo Morin, temos que prosseguir apesar das incertezas e dos erros.




Refênias bibliográficas: Os Sete Saberes, de Edgar Morin; Fundamentos Econômicos da Educação Capitalista, NET-SABER;Kynes e a superação da crise; Wikipédia.


Pesquisado por: Tânia Maria da Silva, 3º período, Manhã – ISE Santo Antônio de Pádua







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