PROUNI - Os prós e os contras da nossa Educação voltada para o Mercado (artigo)
ISE - INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO
SANTO ANTÔNIO DE PÁDUA - RJ
PROUNI E A POLÍTICA DA EDUCAÇÃO PARA
TODOS
ALUNO: Tânia Maria da Silva
ORIENTADOR: Izabel Cristina Galiaço
Resumo:
O Artigo pretende abordar um avanço na Educação Brasileira que foi o
PROUNI E ENEM, que deu a oportunidade,
aos jovens de baixa renda, índios negros deficientes, professores do Ensino
Básico à Universidade Assim numa parceria entre Estado, que reduziu a carga de
impostos das Universidades Privadas concederem bolsas a alunos oriundos de
escola pública, ou de bolsistas de escola priva mesclada com parte do ensino na
escola pública.
O ingresso se faz com a prova do ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio),
para posteriormente o candidato prestar exames na Instituição escolhida, caso
seja aprovado pelo ENEM. Assim começa a habilitação do jovem à faculdade, com
provas da instituição, comprovação da necessidade da vaga pleiteada, que será
averiguada pela Instituição privada. Se aprovado em todas as fases, ingressa
como bolsista na Universidade, tendo garantido o curso desde que tenha
rendimento de 75% de media para permanecer na Instituição.
Existe uma questão que é pouco ressaltada pelo Governo, mídia, e
agentes de educação; que é o seguinte; as grandes Universidades estão situadas
em grandes cidades; o que faz com que os estudantes do interior partam para a
Metrópole. Toda essa mudança exige infra-estrutura, como moradia, alimentação,
transporte como forma básica de sobrevivência.Para continuar o curso o jovem
Universitário inicia no mercado de trabalho por necessidade, nas Empresas que
se aproveitam desta mão-de-obra barata. Além é claro, com ajuda financeira que
a família remete com muita dificuldade. Mais tarde esse jovem consegue
ingressar no mercado de trabalho e vai galgando aos poucos o sucesso
profissional dentro do mercado capitalista.
Palavras-chave- ProUni –Universidade - discente
– seleção
1. INTRODUÇÃO: : O Prouni ( Programa Universidade para Todos) tem como
finalidade a concessão de bolsas de estudo integrais e parciais em cursos de
graduação e sequência de formação específica, em instituições privadas de
educação superior. Criado pelo Governo Federal em 2004 e regulamentado pela Lei
nº 11.096, em 13 de janeiro de 2005, por intermédio do MEC (Ministério de
Educação e Cultura) oferece, o que poderíamos dizer; sistema de permuta (isenção
de alguns tributos) àquelas instituições de ensino que aderem ao Programa.
Para ingressar no Programa o
aluno tem que concluir o Ensino Médio de
Ensino, deve primeiro prestar o exame do ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio,
tendo cursado ensino médio complete em rede
pública ou ter sido bolsista de escola privada por tempo tempo parcial e
também ter cursado o ensino público, além da comprovação de baixa renda, entre
outras exigências. Também está aberto para os deficientes, índios, negros, afro-descendentes e professores do ensino básico que estejam trabalhando na
profissão; neste caso são oferecidos prioritariamente o Ensino Normal Supeiror ou Pedagogia.
A modalidade de inscrição se dá
com a escolha do aluno, que tem até cinco opções de instituições de ensino,
para posteriormente o sistema (Sisprouni) classifica o estudante dentro das
normas estabelecidas.O estudante deve comprovar a veracidade dos documentos
emitidos e apresentados, segundo regulamentação do MEC, Para a seguir ser
encaminhado às instituições, que farão um processo seletivo, sendo os aprovados
integrados no sistema de bolsas de acordo com a nota obtida pelo ENEM. Entre os
pré requisitos para o Universitário permanecer no Programa de Educação, está a
ter média 75% de aproveitamento escolar.
Em contrapartida as Instituições
privadas ficam isentas de impostos do governo, sendo que o ensino publico a nível Superior
continua com maior qualidade;a adesão ao
ProUni isenta as instituições de ensino superior do pagamento de quatro
tributos: Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ), Contribuição Social
sobre o Lucro Líquido (CSLL), Contribuição Social para o Financiamento da
Seguridade Social (Cofins) e Contribuição para o Programa de Integração Social
(PIS).
Porém para cursar uma
Universidade com infra-estrutura, o jovem estudante parte na maioria das vezes
para os grandes centros, e se depara com a dificuldade de moradia, acesso à
Instituição, alimentação entre outros entraves que uma família de baixa renda
não vai ter como assisti-lo financeiramente. Para contornar a situação, esse
Universitário entra no mercado de trabalho que está pronto para absorver
mão-de-obra sem habilitação, pagando menos e a vida desse jovem se transforma, porque
diferentemente da sua pacata cidade de origem para a grande metrópole que
coloca como uma “Esfinge” pronta a devorar ou ser decifrada. E hoje com a mudança no Ensino Fundamental; cada dia, mais jovens
na faixa de 17 anos estão, ingressando nas Universidades. O que um bom sinal,
desde que os pais tenham confiança de esse jovem ingressará num mundo novo para
ele com segurança. O que não ocorre no Brasil.
Em países de primeiro mundo, a educação
vêm sendo cuidada desde o berço, e a criança desde o ensino básico vai se
preparando na escola para enfrentar o futuro, como também em família, onde o
trabalho doméstico é divido e desde bem jovem o indivíduo tem conhecimento de
seus Direitos e Deveres. Sabemos que o Brasil passou por uma aculturação
vertical, onde só os mais abastados tinham direito à vida. Os outros eram
considerados escórias e segundo a visão dos Governos passados, não precisavam
nem aprender a ler. Mas estamos caminhando, muito devagar ainda, porém o
importante é estar no caminho.
No artigo Ensaio: Avaliação e Políticas Públicas em Educação - Print version ISSN 0104-4036 os autores dizem citam, Souza (2006) afirma :
“”...que em muitos países, em especial os da América Latina, ainda não se conseguiram formar coalizões políticas capazes de equacionar minimamente a questão de como desenhar políticas públicas capazes de impulsionar o desenvolvimento econômico e de promover a inclusão social de grande parte de sua população e as decisões e análises sobre política pública implicam responder às seguintes questões: quem ganha isto ou aquilo, por que ganha e que diferença isso faz.”. (Segundo Höfling (2001, p. 30),
Em países de primeiro mundo; a
educação vem sendo cuidada desde o berço, e a criança desde o ensino básico vai
se preparando na esola para enfrentar o futuro, como também em família, onde o
trabalho doméstico é divido e desde bem jovem o indivíduo tem conhecimento de
seus Direitos e Deveres. Sabemos que o Brasil passou por uma aculturação
vertical, onde só os mais abastados tinham direito à vida. Os outros eram
considerados escórias e segundo a visão dos Governos passados, não precisavam
nem aprender a ler. Mas estamos caminhando, muito devagar ainda, porém o
importante é ter metas e programas que priorizem a Educação.
2 . ProUni - Como funciona e
condições exigidas
Proposta de Universidade para Todos
Criado pelo Governo Federal em
2004 e regulamentado pela Lei nº 11.096, em 13 de janeiro de 2005, por
intermédio do MEC (Ministério de
Educação e Cultura) oferece, isenção de alguns tributos) àquelas instituições
de ensino que aderem ao Programa.Para concorrer a uma bolsa, o estudante deve
participar do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), na edição imediatamente
anterior ao processo seletivo do ProUni, e obter a nota mínima nesse exame,
estabelecida pelo MEC. Deve, também, ter renda familiar de até três salários
mínimos por pessoa, e satisfazer as seguintes
condições: ter cursado o
ensino médio completo em escola pública ou em escola privada com bolsa integral
da instituição; ter cursado o ensino
médio parcialmente em escola pública e parcialmente em escola privada com bolsa
integral da instituição; ser pessoa com deficiência; ser professor da rede pública de ensino básico, em efetivo
exercício, integrando o quadro permanente da instituição, e estar concorrendo a
vaga em curso de licenciatura, normal superior ou pedagogia. Neste caso, a
renda familiar por pessoa não é
considerada.
A seleção acontece em três fases.
Com a inscrição e pré-seleção pelo MEC: o estudante escolhe a modalidade de
bolsa e até cinco opções de instituições de ensino superior, cursos,
habilitações ou turnos dentre as disponíveis, conforme sua renda familiar e sua adequação aos critérios do programa. Em
seguida, o Sistema do ProUni (Sisprouni) classifica os estudantes, de acordo
com as suas opções e as notas obtidas no Enem. A nota considerada pelo ProUni é
a baseada na média das provas de redação e de conhecimentos
gerais do Enem, isto é, a soma das duas notas dividida por dois.. Os estudantes
devem comparecer às instituições de ensino, de posse dos documentos que
comprovem as informações prestadas em sua ficha de inscrição, conforme portaria
do MEC que regulamenta cada processo seletivo.Seleção feita pelas instituições:
os estudantes poderão ser encaminhados para eventuais processos seletivos próprios,
feitos pelas instituições. Se aprovados,
são inseridos no programa mediante a emissão do correspondente Termo de
Concessão de Bolsa.
A reprovação do estudante em
qualquer das etapas descritas implicará a pré-seleção em segunda chamada do
estudante seguinte na listagem de classificação, observando-se, a ordem das
notas obtidas no Enem. Cabendo à Instituição de Ensino a verificação da
veracidade ou não da documentação dos candidatos. Quanto aos alunos aprovados
necessitam de 75% de média no final do período para ser aprovado.
Os
estudantes são selecionados pela seguinte ordem: alunos das turmas iniciais,
conforme a classificação no vestibular da instituição, e alunos dos outros
períodos letivos, conforme seu desempenho acadêmico na instituição. Têm
prioridade na ocupação das bolsas os estudantes professores da rede pública de
ensino regularmente matriculados em cursos de licenciatura, normal superior e
pedagogia.
O ProUni
reserva, em processo seletivo, bolsas às pessoas com deficiência e aos
autodeclarados pretos, pardos ou índios. O percentual de bolsas destinadas aos
cotistas é igual àquele de cidadãos pretos, pardos e índios, por Unidade da
Federação, segundo o último censo do IBGE. O candidato cotista também deve se
enquadrar nos demais critérios de seleção do programa.
2.1 Vantagens
e critérios para adesão da Instituição
A adesão ao ProUni isenta as instituições de
ensino superior do pagamento de quatro tributos: Imposto de Renda das Pessoas
Jurídicas (IRPJ), Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL),
Contribuição Social para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e
Contribuição para o Programa de Integração Social (PIS). A isenção vale a
partir da assinatura do Termo de Adesão e durante seu período de vigência (dez
anos).
Há dois
tipos de critérios: educacionais e fiscais.
O critério educacional estabelece que a
instituição deverá estar regularmente autorizada a funcionar e seus cursos
devem estar regularmente cadastrados junto ao Inep.
O critério fiscal exige que a instituição deverá
apresentar regularidade fiscal aferida pelo MEC mediante consulta ao Cadastro
Informativo de Créditos não quitados do Setor Público Federal (Cadin),
previamente à autorização para adesão.Todos os procedimentos operacionais do
ProUni são efetuados por meio de um sistema informatizado, o Sistema do ProUni
(Sisprouni). O MEC tem capacidade para identificar em tempo real a situação de
cada uma das instituições participantes do programa. Todo esse processo é
eletrônico e via Internet, com um importante instrumento de controle: a
certificação digital.
“No
intuito de garantir a continuidade de estudo dos bolsistas foi criada a Bolsa Permanência, um benefício no
valor de até R$ 300,00 mensais, concedido apenas a estudantes com bolsa
integral em utilização, matriculados em cursos presenciais com no mínimo seis
semestres de duração e cuja carga horária média seja superior ou igual a seis
horas diárias de aula. No entanto, o pagamento do benefício da Bolsa
Permanência está condicionada à disponibilidade orçamentária e financeira do
MEC.” (Daniela Patti do AmaralI;
Fátima Bayma de OliveiraII, Mar. 2011; WWW.scielo.com)
Porém os estudantes que não têm acesso a outros
benefícios do Governo, são obrigados a arcar com as despesas de alimentação,
moradia, condução, material didático entre outros itens, pois em sua maioria
são jovens oriundos do interior, onde as oportunidades ainda são tímidas.
Passando a viver nas metrópoles, além do processo de adaptação, também
enfrentam dificuldades financeiras dos grandes centros, contando com
precária ajuda familiar; se vêem obrigados a trabalhar num
mercado de trabalho que explora os jovens inexperientes. Com muita sorte,
chegada a hora do estágio, a maioria remunerado; se adaptam ao trabalho e
continuam na empresa como empregados legalizados, com o objetivo de alcançar
suas metas profissionais e finalmente trabalhar em sua área de interesse.
CONLUSÃO:Analisando
parcialmente o processo de Educação no Brasil, pode-se afirmar que houve nesses
últimos 10 anos, avanços consideráveis na área, a começar com o ensino básico
que está tendo mais investimentos, de forma lenta, pois a nossa sociedade ainda
tem resquício do tradicionalismo, além da falta de valorização do professor,
que deveria ser o profissional mais bem remunerado e investido; dada a sua
importância no contexto social, e ser
mais um membro da família brasileira no cotidiano.
Em relação ao ProUni, é um programa que está
incluindo cada vez mais jovens no Ensino Superior e deveria ser cuidado com mais
atenção, pois no futuro esses jovens que estão se formando vão estar no Mercado
de Trabalho; temos que pensar hoje na demanda que virá de profissionais de
nível Superior. Porém já estamos vendo o Governo brasileiro voltar a investir
nas Escolas Técnicas, a nível de Ensino Médio como em um passado próximo que não habilitava esses
estudantes a prestarem um Vestibular, pois faltava base teórica. Fica bem claro
que estes cursos, profissionalizantes, estão vindo de encontro às necessidades do
Mercado Econômico, afinal ainda estamos engatinhando para uma verdadeira
Democracia, onde realmente o povo saiba eleger os políticos.
Mas já é um grande prazer poder participar do processo
político no País, com opiniões livres, saber que apesar do atraso histórico na
Educação e demais áreas essenciais, podemos lutar pelos nossos direitos e temos
personalidades sérias engajadas na luta por melhor Educação e outro tantos
itens que não daríamos conta de enumerar.
Que os jovens Universitários de hoje, se conscientizem de dar prosseguimento ao
almejado inicialmente, fazendo de sua profissão um sarcedócio, porém com
respeito próprio para exigir remuneração justa também.
Referências
MEC. Ministério da Educação e Cultura;
www.scielo.comPrint version ISSN0104-4036
Ensaio:aval.pol.públ.Educ. vol.19 no.70 Rio
deJaneiro Jan./Mar. 2011http://dx.doi.org/10.1590/S010440362011000100-http://dx.doi.org/10.1590/S0104-40362011000100003 AMARALI - Daniela Patti do; OLIVEIRAII
- Fátima Bayma de OliveiraII - IDoutora em Educação,
Universidade Federal do Rio de Janeiro; Professora Adjunta da Faculdade de
Educação da Universidade Federal do Rio de Janeiro. E-mail: patti@wnetrj.com.br
IIDoutora em Educação, Universidade Federal do Rio de Janeiro; Professora Titular da Fundação Getúlio Vargas, FGV/RJ. E-mail: fatima.Oliveira@fgv.br
IIDoutora em Educação, Universidade Federal do Rio de Janeiro; Professora Titular da Fundação Getúlio Vargas, FGV/RJ. E-mail: fatima.Oliveira@fgv.br
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