quarta-feira, 2 de outubro de 2013

AS ROUPAS NOVAS DA RAINHA NO PAÍS DOS VÂNDALOS




 ROUPAS NOVAS PARA RAINHA


Num reino não muito distante daqui, havia uma Rainha, muito vaidosa, pois já havia saído da plebe e tinha que ostentar a supremacia ditada pela cartilha dos saltimbancos mundiais.  
 Como rainha só serve para fazer gastos; quem comandava aquele reino, era o primeiro ministro e sua “equipe”. Quanto ao povo, este vivia fazendo grandes protestos nas ruas por melhores condições de vida. Mas a rainha, nem aì!! Vivia ocupada, decorando os discursos que haveria de fazer e cuidando da sua imagem. Como iria aparecer em público para passar a imagem de tudo estava muito bem para os plebeus.

                Sabia que o povo estava insatisfeito, mas,  pão e circo, não adiantavam mais. Que tal "minha casa minha vida"?  Bolsa de alimento. Vale gás e tudo que vale como paliativo, para anestesiar a plebe. Mesmo assim, o povo que já estava cheio com as esmolas oficiais; se um aumento aumento real no salário A solução era  tomar as ruas e reivindicar o que  era seu de Direito. Encontrando uma recepção muito truculenta por parte da guarda do Reino, trabalhadores que vivem de ordens, e pra manter o progresso do reino baixam a porrada nos que "astravacam o pogresso". Havia pessoas mascaradas, por não ter estabilidade no trabalho, para se protegerem  da falsa moral burguesa,que sempre acha um líder do grupo em qualquer assalto. Eram os vândalos, "meliante" altamente perigoso para a nação, pois desrespeitavam as regras das manifestações, que deveriam ser pacíficas. Que regras são essas?
Seria a menstruação feminina? Ou quem sabe? Andar de Busão, criança calçar tênis apertado que a mãe herdou da patroa? Ser obrigado a votar? Porque em protesto como o próprio nome diz, não pode haver regras, muito verticais para a proposta dos vândalos, que no cotidiano são os principais atores sociais. 

                Daí a rainha, permitiu que os ditadores das províncias, agissem por conta própria, pisando  na CARTA QUE ERA CONSIDERADA A PEDRA FUNDAMENTAl DO REINO. Isso feito, os ditadores, mandaram a fiel submissa guarda militar, prender, bater e até matar. Desgoverno total!

                Porém, aproximava-se o dia 1º de abril; dia em os palacianos comemoravam, a tomada de Poder Tupiniquim, com um baile à fantasia e para festejar esse feito até os dias de hoje que dói na alma dos que sobreviveram. Um detalhe, a rainha, quando plebeia, havia feito parte do grupo que perdeu muito mais que uma batalha...Foram vidas, ideais, com muita gente desaparecida até hoje.Um marco de violência para quem lutava por Justiça verdadeira. Mas, ao que parece, a rainha, foi anestesiada ou mordida pela mosca azul e está com amnésia até agora.

            Porém, uma nação jovem florescia e se infiltrando no palácio, apresentaram-se a Rainha como grandes estilista, munidas de books, tecidos e tudo mais, se prontificando a confeccionar as roupas da Majestade, que  olhou para as moças que estavam impecáveis, lindas e persuasivas, aceitando a proposta. Só  precisava justificar os gastos com notas fiscais que comprovassem o feito. Tudo certo para começar  o dia estava chegando. Mãos à obra, e as moças ficaram nos aposentos de hóspedes do palácio.

            Ao iniciarem o trabalho, as estilista colocaram uma condição; que a rainha não olhasse a fantasia, nem no espelho. Ansiosa pelo que viria, dada as referências das tecelãs, o acordo foi feito e cumprido. Primeiro tiraram as medidas já traziam tecidos, como cetim, cordas, sisal e uma espécie de arranjo para a cabeça um tanto estranho. Mas, asseguravam era a última moda na França; demais para a Rainha que até esqueceu-se dos súditos fazendo baderna na rua. As moças confeccionaram, uma jardineira colorida, com alças de elástico e para compor, por dentro, uma camisa estampada, tipo a que turista americno. Maquiagem de arlequim e na cabeça  a mão da família Adams, cheia de cordinhas a manusear pontos estratégicos do corpo de Majestade.

            Outra condição: a rainha sairia do palácio, coberta, podendo mostrar a fantasia na hora do desfile para os súditos, antes do baile. Na sua vaidade, a rainha concordou e no grande dia foi paras as ruas; iria no final seguindo o cortejo. A multidão esperava para assistir o desfile da nobreza, pois caso não fossem, perdiam um dia trabalho. E foram passando, os cavaleiros guardiões, os coadjuvantes e finalmente a Rainha, que ao tirar sua cobertura, sentiu-se meio confusa. O povo ria muito e naquele reino não era permitido sorrir! Que afronta! Mas deu continuidade ao desfile rumo ao baile da fantasias, com tudo muito estranho. Ninguém ousava esboçar qualquer palavra, mas alguém gritou – A RAINHA ESTÁ VESTIDA DE PALHAÇO E MARIONETE!!!!

            Correria geral. Só podia ser um vândalo que falou isso. - vamos prender! E começaram a revistar a multidão, quando um garoto se aproximou e disse. Vocês estão procurando? Fui eu quem falou. Achei tão lindo que gritei, é que na minha escola a gente faz teatro e eu sei como é difícil representar.
 Parabéns, adoro teatro! Parabéns a rainha que está representando tão bem o papel, pois na vida real se as pessoas vão para as ruas com máscaras, são presas por vandalismo.
- VIVA O REINO TUPINIQUIM!!!!
 Ouvindo isso de uma criança baixaram a cabeça e terminou o desfile.

             

             TANIA MARIA DA SILVA

             

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