ROUPAS NOVAS PARA RAINHA
Num reino não muito distante
daqui, havia uma Rainha, muito vaidosa, pois já havia saído da plebe e tinha
que ostentar a supremacia ditada pela cartilha dos saltimbancos mundiais.
Como rainha só serve para fazer gastos; quem
comandava aquele reino, era o primeiro ministro e sua “equipe”. Quanto ao povo,
este vivia fazendo grandes protestos nas ruas por melhores condições de vida.
Mas a rainha, nem aì!! Vivia ocupada, decorando os discursos que haveria de
fazer e cuidando da sua imagem. Como iria aparecer em público para passar a
imagem de tudo estava muito bem para os plebeus.
Sabia
que o povo estava insatisfeito, mas, pão e circo, não adiantavam mais. Que tal
"minha casa minha vida"? Bolsa de alimento. Vale gás e tudo que vale como
paliativo, para anestesiar a plebe. Mesmo assim, o povo que já estava cheio com
as esmolas oficiais; se um aumento aumento real no salário A solução era tomar as ruas e
reivindicar o que era seu de Direito.
Encontrando uma recepção muito truculenta por parte da guarda do Reino, trabalhadores que vivem de ordens, e pra manter o progresso do reino baixam a porrada nos que "astravacam o pogresso". Havia pessoas mascaradas, por não ter estabilidade
no trabalho, para se protegerem da falsa
moral burguesa,que sempre acha um líder do grupo em qualquer assalto. Eram os vândalos, "meliante" altamente perigoso para a nação, pois desrespeitavam as regras das manifestações, que deveriam ser pacíficas. Que regras são essas?
Seria a menstruação feminina? Ou quem sabe? Andar de Busão, criança calçar tênis apertado que a mãe herdou da patroa? Ser obrigado a votar? Porque em protesto como o próprio nome diz, não pode haver regras, muito verticais para a proposta dos vândalos, que no cotidiano são os principais atores sociais.
Daí a
rainha, permitiu que os ditadores das províncias, agissem por conta própria,
pisando na CARTA QUE ERA CONSIDERADA A
PEDRA FUNDAMENTAl DO REINO. Isso feito, os ditadores, mandaram a fiel submissa guarda militar, prender, bater e até matar.
Desgoverno total!
Porém,
aproximava-se o dia 1º de abril;
dia em os palacianos comemoravam, a tomada de Poder Tupiniquim, com um baile à
fantasia e para festejar esse feito até os dias de hoje que dói na alma dos que
sobreviveram. Um detalhe, a rainha, quando plebeia, havia feito parte do grupo que perdeu
muito mais que uma batalha...Foram vidas, ideais, com muita gente desaparecida até hoje.Um marco de violência para quem lutava por Justiça verdadeira. Mas, ao que parece, a rainha, foi anestesiada ou
mordida pela mosca azul e está com amnésia até agora.
Porém, uma nação jovem florescia e
se infiltrando no palácio, apresentaram-se a Rainha como grandes estilista,
munidas de books, tecidos e tudo mais, se prontificando a confeccionar as roupas da Majestade, que olhou para as moças que
estavam impecáveis, lindas e persuasivas, aceitando a proposta. Só precisava justificar os gastos com notas fiscais que comprovassem o feito.
Tudo certo para começar o dia estava
chegando. Mãos à obra, e as moças ficaram nos aposentos de hóspedes do palácio.
Ao iniciarem o trabalho, as
estilista colocaram uma condição; que a rainha não olhasse a fantasia, nem no
espelho. Ansiosa pelo que viria, dada as referências das tecelãs, o acordo foi
feito e cumprido. Primeiro tiraram as medidas já traziam tecidos, como cetim,
cordas, sisal e uma espécie de arranjo para a cabeça um tanto estranho. Mas,
asseguravam era a última moda na França; demais para a Rainha que até
esqueceu-se dos súditos fazendo baderna na rua. As moças confeccionaram, uma
jardineira colorida, com alças de elástico e para compor, por dentro, uma
camisa estampada, tipo a que turista americno. Maquiagem de arlequim e na cabeça a mão da família Adams, cheia de cordinhas a
manusear pontos estratégicos do corpo de Majestade.
Outra condição: a rainha sairia do
palácio, coberta, podendo mostrar a fantasia na hora do desfile para os
súditos, antes do baile. Na sua vaidade, a rainha concordou e no grande dia foi
paras as ruas; iria no final seguindo o cortejo. A multidão esperava para
assistir o desfile da nobreza, pois caso não fossem, perdiam um dia trabalho. E
foram passando, os cavaleiros guardiões, os coadjuvantes e finalmente a Rainha,
que ao tirar sua cobertura, sentiu-se meio confusa. O povo ria muito e naquele
reino não era permitido sorrir! Que afronta! Mas deu continuidade ao desfile
rumo ao baile da fantasias, com tudo muito estranho. Ninguém ousava esboçar
qualquer palavra, mas alguém gritou – A RAINHA ESTÁ VESTIDA DE PALHAÇO E
MARIONETE!!!!
Correria geral. Só podia ser um
vândalo que falou isso. - vamos prender! E começaram a revistar a multidão,
quando um garoto se aproximou e disse. Vocês estão procurando? Fui eu quem
falou. Achei tão lindo que gritei, é que na minha escola a gente faz teatro e
eu sei como é difícil representar.
Parabéns, adoro teatro! Parabéns a rainha que está representando tão bem o papel, pois na vida real se as pessoas vão para as ruas com máscaras, são presas por vandalismo.
- VIVA O REINO TUPINIQUIM!!!!
Ouvindo isso de uma
criança baixaram a cabeça e terminou o desfile.
TANIA MARIA DA SILVA
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