domingo, 13 de outubro de 2013

Recontando estórias que ouvi vida afora




ONDE ESTÁ A SUJEIRA?

            Um casal com um relacionamento tido como normal, mora numa casa com muitas janelas e portas de vidros. O marido, assíduo leitor, sentado em sua cadeira predileta ouve todos os dias, a esposa vigiar a casa dos vizinhos. E o comentário era o mesmo:
-Fulano. Você não acha que a roupa da vizinha está mal lavada?
            E o homem em sua paciência dizia:
- Mulher. Olhe para a nossa casa. Tem tanta coisa aqui a fazer.
            E todos os dias, a mulher olhava para as roupas da vizinha, que continuavam sujas. Porém um belo dia caiu uma tempestade de lavar até pensamento.  Depois da tempestade, já no outro dia,  a mulher chama o marido e eufórica lhe diz:
_ A vizinha aprendeu a lavar roupas. Olhe. Tudo limpinho!
Ao que o marido respondeu.
_Será que você não havia percebido que os vidros de nossa casa estavam imundos? A tempestade os lavou e agora você está conseguindo enxergar claramente.
E aí? Como anda a sua casa? A do vizinho é problema dele. Pensemos nisso!





SOPA DE PEDRA

            Um viajante passa por um  lugarejo muito pobre e logo trava conversa com os habitante daquele lugar, que era muito árido, dificultando o cultivo para o povo se alimentar. Quase todos, passavam muitas necessidades, pois quem tinha dinheiro, mandava vir da cidade.
            O Forasteiro tornando-se amigo dos pequenos produtores, que na época, passavam por forte seca e não tinham alternativas para fazer a alimentação diária. Com muitas crianças, que era a prioridade da Vila; os adultos só comiam se fosse possível. Isso já vinha acontecendo a vários dias e as pessoas tinham que ter energia, ao menos para sair para caçar, mas, todos estavam muito abatidos.
            Vendo isso, o caminhante, muito experiente disse: _Certa vez, passando por necessidades no caminho, aprendi a fazer uma sopa de pedras deliciosa, podemos experimentar aqui.  As pessoas se entreolharam, duvidando de tal falácia e ao mesmo tempo , sem outra opção, aceitaram
            Então o homem estranho, começou a pedir os acessórios necessários;  madeira, blocos de pedra, uma panela de ferro bem grande, pá, algumas pedrinhas lavadas e água para colocar na panela.  Todos em volta olhavam para aquilo com desconfiança; porém  o coziheiro começou a delegar tarefas para cada um dos moradores da Vila.
            Primeiro, pediu sal e uma senhora se prontificou em buscar; depois foi pedindo que trouxessem raízes de plantas nativas, lhe chegando a mão, leguminosas variadas. E ia mexendo na panela e provando a sopa, que a cada ingrediente silvestre ficava mais deliciosa. Algumas senhoras se lembraram de temperos caseiros usado por suas mães, sendo esses acrescentados.  E finalmente a panela da panela vinha um aroma tão saboroso que todos se aproximaram para ver aquela sopa suculenta, pronta pra ser servida. Porém, antes de servi-la, o caminhante, retirou as pedras de dentro da sopa e serviu ao povo. Que festa!!!
            Depois de todos alimentados, felizes, fizeram uma roda em volta do novo amigo; perplexos  e reflexivos. “Como não haviam pensado nisso antes? E o caminhante disse: “quando estamos dentro de uma situação difícil, pensando na solução, deixamos de procurar meios que possam ser usados, para que calmamente consigamos resolver a questão. Nesse momento, estamos muito próximos do problema e não enxergamos alternativas para resolvê-lo. A colaboração de alguém que tenha outras experiências e outro ponto de vida, pode nos ajudar.
 Mas de uma coisa estejam certos: NÃO EXISTE O IMPOSSÍVEL QUANDO HÁ FORÇA DE VONTADE” .

Tania Maria da Silva
              

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