sexta-feira, 13 de abril de 2012

Poucas Palavras para o fim


Entre a superfície e o interior

O começo foi de brincadeira e desespero para ti
Fui sua fuga à viagens do passado
Muito ouvi, como um padre por amizade
Mas com o tempo tudo mudou seu rumo
Então caminhamos na corda bamba das emoções
Emoções contidas, guardadas, viraram palavras
Palavras amargas, com o veneno da dor
Dor sua por ter perdido o objeto de desejo
Dor minha por não poder fazer nada


Agora tu partes com a esperança no peito
Vai para o mundo que te acena
Teu sonho de consumo é um corpo moreno e delgado
Querem a beleza eterna, os dois
Sei que a juventude é bela
Mas chegará um dia em que sentirá falta de alguém
Pensa que sou eu?
Estás redondamente enganado
Terás que conviver com o seu falso eu adormecido
Então virá tristeza da busca exterior
O interior vai gritar e não encontrará eco
Tu não o cultivaste
E os dias serão de eterno suplício
Porque vieste a terra e se nega a ser transparente e verdadeiro

Somos o que somos, com qualquer forma física
Devemos nos orgulhar de sermos gente
De todas as caras, medidas e aparência física
Mas devemos nos lembrar que temos um espírito de luz eterno

Tânia Maria da Silva


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