ESQUERDA NO BRASIL.
Quem é o inimigo afinal?
Com aproximação das eleições
burguesas no Brasil, agora em 2014, crescem as expectativas dos que apostam nesse
instrumento que, deveria ser democrático, voluntário e “limpo”. Os grandes
latifundiários se articulam para continuarem com seus “lobys” no Poder
Legislativo, com representantes fiéis e bem “preparados”, para passarem o
“trator” nos representantes de pequenos partidos.
A Igreja, hoje, representada
massivamente pela bancada evangélica, com a apologia da “prosperidade” e muita esperança para crentes, está
conseguindo arrebatar os fiéis para o campo político, a despeito de serem
representantes de Deus na terra. Sendo a ignorância e o medo da orfandade
divina de nosso povo, a alavanca que mantém sujeitos mal intencionados num
lugar de importância Capital para o Governo.
Em contrapartida a “esquerda”
brasileira, se digladia , com tantas correntes, que acaba se aprisionando e
virando uma “ilha”, onde se questiona, racha e briga com seus próprios companheiros
de “trincheira”. Sabemos da diferentes
teses e postura da oposição ao governo atual; sendo muito saudável, desde haja
debates internos, com respeito e seriedade de quem tem propostas para legislar
em favor das lutas do povo. Mas ao que parece, a simples possibilidade de
aparecer no horário eleitoral, fatiado minguadamente para os pequenos partidos
aguça a vaidade de nossa oposição.
Sou leiga em torno do
conhecimento teórico de leis e normas. Mas que “esquerda” ingênua é a nossa,
que não se utiliza da tecnologia e marketing para divulgar seus projetos e
denunciar os políticos “direitosos”, que estão no Poder. A começar pela
campanha de marketing “negativo” com figuras que sequer deveriam ser divulgadas
nas redes sócias, inclusive acompanhada de fotos, para “reforçar” visualmente
os “caras-de-pau”. Que haja a denúncia em cima da ação praticada, mas, pensando
que seja desnecessário dar tanta ênfase a corruptos. Que morram no ostracismo!
Assim, mesmo sendo contra as
eleições burguesas, penso que se a esquerda quer chegar ao poder dessa forma,
que seja para colocar o seu mandato a serviço das lutas. Para que num momento
de confronto, de lutas e repressão policial, tenhamos mais representantes
“nossos” no poder legislativo.
Tania Maria da Silva
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