segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Cinzento. Um pardal muito acinzentado!!!!!!!!!! É a história de um pardalzinho, considerado feio pelos colegas, que vivia na área urbana vagando por toda a cidade, que nada de bom tinha para oferecê-lo. Muito lixo, fumaça, barulho dos carros, além da discriminação com relação a ele. Estava tão “domesticado” que ia para as calçadas procura comida, mas a “dona” que varria a rua o botava para “correr”, não, voar!



Esta História vem de longas datas para e para o autor dela; Chico Alencar. Que não conheço pessoalmente, mas sempre o admirei, principalmente como escritor infantil. A minha justificativa é porque sou contadora de histórias infantis, sendo que há uns 11 anos, era voluntária numa creche aqui em Pádua. Onde conheci crianças lindas. Qual é a criança que não é linda?

Como sempre afirmo; tenho uns vizinhos barulhentos e adoráveis que me despertam na madrugada, quando o clima está ameno e posso tranquilamente contemplar o firmamento, adorar o Sol, ao som de uma orquestra, que vive num condomínio bem democrático, habitado por pardais, bem-te-vi, beija-flor, borboletas, joaninhas e quem mais chegar.Fiz essa argumentação para recontar uma história de autoria do Chico Alencar, que eu contava para as crianças da creche, entre outras tantas.


Cinzento. 

Um pardal muito acinzentado!!!!!!!!!!

                É a história de um pardalzinho, considerado feio pelos colegas, que vivia na área urbana vagando  por toda a cidade, que nada de bom tinha para oferecê-lo. Muito lixo, fumaça, barulho dos carros, além da discriminação com relação a ele. Estava tão “domesticado” que ia para as calçadas procura comida, mas a “dona” que varria a rua o botava para “correr”, não, voar!

                À noite, quando os companheiros estavam dormindo, ele refletia; iria procurar um lugar mais calmo e “apropriado” para pássaros. Onde ninguém o julgasse pelas penas, acinzentadas,  mas pelo seu valor real, afinal era mais um pássaro a alegrar a natureza!

                Assim o fez; voou , voou, voou muito, até encontra a floresta, ficando extasiado com tanta beleza natural e “sem problemas....” deduziu. Começando a explorar a nova morada foi encontrando animais que jamais vira na cidade. Queria encontrar os pássaros, e aos poucos foi se deparando com aves lindíssimas como o pavão, que o olhou do alto de sua vaidade e disse-lhe:

_ Quem é você? Bichinho cinzento e insignificante que se posta aos meus pés ? - ( Alguém já viu o pé do Pavão? Nem queiram. É horrível! Porém a pedante ave gigantesca em relação ao pardalzinho. “Sentia-se a tal” )

                Assim, o nosso amigo pardal, teve sua primeira decepção na floresta; mas já estava por ali.  “Quem sabe outra tentativa”. E apareceu um tucano, arrogante que só ele! Que ao ver o nosso amiguinho vagando pela floresta o inquiriu:

-Que estás fazendo aqui, ave cinzenta e vulgar? Onde você estudou? (Sorbone? por minha conta rsrs) Saia daqui porque somos a “nata” da floresta e não vou admitir uma coisinha tão feia e desengonçada, ficar aqui. Rápido! Caia fora!

                O coração do nosso herói teve taquicardia, de tanto medo do Tucano, partindo imediatamente para outro lugar. “Talvez mais ameno” . Que nada! A cada passo que dava encontrava, mais e mais discriminação, porém naquela época nem existia uma Lei que assegurasse o Direito de Todos os Animais....

                Depois da grande desilusão na Floresta, Cinzento sai voando sem destino... Até que encontrou um deserto; não havia vida por ali e ele (sendo um cara politicamente correto) começou a transportar sementes de outro lugar e depositou naquele lugar. Isto feito, partiu, virou nômade, conhecendo dessa forma a vida dos animais mais a fundo. Virou um pesquisador de Campo na floresta. E, bem mais tarde, com auto-estima bem elevada, por causa das experiências vividas, resolveu visitar o deserto para ver como estava.

                Para sua surpresa, o antigo deserto se transformara numa linda floresta que abrigava os antigos conhecidos que o recepcionaram, dizendo que aquela parte da floresta havia sido incendiada e todos animais saindo em busca de outro lugar encontram o antigo deserto totalmente reflorestado. “Certamente alguém havia deixado sementes que foram crescendo ao longo do tempo com as chuvas.” Disse a coruja. E o convidaram para ficar ali, pois aprenderam que é muito importante um lugar para se viver com amigos.

                Cinzento, muito discreto, aceitou o convite dos animais e vive lá até hoje. Agora, todos os animais lutam contra a invasão dos homens presunçosos, Agora a Floresta tem Leis, para garantir o Direito de todos que ali vivem!

Fonte: Chico Alencar com um monte “pitacos” meu.

Tania Maria da Silva


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