terça-feira, 12 de março de 2013

Mulher de Esparta




Estratégia de VIDA



Sou forte não seu moço

Sou frágil como um scargot

É, que nasci em Esparta

E alistara-me aos sete 

Num pelotão pra sobreviver

Daí seu Moço nem te conto

Quantas agruras vivi

Mesmo dentro da mesquinhez

Com que me forçaram a crescer

Fiz túneis e construí castelos nas nuvens

Sem  eles se aperceberem

Foi bem difícil seu Moço

Mas para mim era  aventura

Criar um mundo paralelo

Onde eu pudesse ser feliz

Fui aprendendo a desobedecer

Ser resistente em minhas fantasias

Lutar pelo meu dia-a-dia

Se por fora eu era forte

Na alma um cristal fulgia

Lindo e esmerado cristal

Que trago até hoje em dia

Mas não se achegue seu Moço

Assim tão dominador

Que te mostro o que não queres

Uma mulher forjada na dor

Que insiste em continuar a vida

Sem arreios nem cancela

Então, brigas nós vamos ter

Porque de briga ando farta

Mas faço tudo pra me defender

Porém se tu chegas mansinho

Limpo d’alma e coração

Sem os odores do mundo

Onde em há maldade e carência de pão

A gente vai se entender

Com a linguagem do coração

Que linguística é pra meia dúzia

Que pensa ser sábio e letrado

Mas faz textos incomunicáveis

Tem que ter jeitinho seu Moço

Falar a língua do coração

Essa é Internacional

Que comove  todo irmão!

Tânia Maria da Silva

21/01/2013




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