terça-feira, 21 de agosto de 2012

E quem é velho afinal? O preconceituoso ou o idoso?


Espontaneidade exacerbada e idade avançada  incomoda muita gente


Volto a falar da 2ª idade, que é a que me encaixo e por experiência própria posso afirmar que quero recomeçar e encontro mil montanhas a me cercarem. Mesmo com capacitação, fico em minoria e quase sempre vem a desculpa de que a vaga já foi ocupada. Se, apresento um quadro de depressão, não tenho direito, porque depressão “é desculpa de preguiçoso para ficar à toa”. Na informalidade, a renda mensal não dá para se sobreviver. Pergunto à sociedade. O que fazer quem se encontra neste estágio da vida, se sente vivo, mas as pessoas o vêm como um batata quente e ninguém quer segurar? Até para estudar é difícil para quem quer recomeçar, e dentro da Instituições escolares há uma grande mentira. Pois na teoria aprende-se uma educação mais libertária, porém na prática,  tem muitos funcionários que estão lá em 1960. A verdade dói, mas toda a nossa sociedade usa a máscara que lhe convém, na hora que lhe convém. Estamos vivendo e alimentando a mentira coletiva que com certeza nos levará a andar em círculo. È claro que a idade cronológica existe, impossível negar, mas, velho é aquele que se encolhe num canto para ver TV, ou fazer atividades “típicas” de anciãos, negando-se a participar de uma nova era, se reciclar, e o mais importante; se posicionar enquanto cidadão. Quanto a mim, quero experimentar e provar que há vida ativa e abundante depois dos 50 anos de idade. Quebrando preconceitos, pelo menos nas cidades de interior que insistem em nos guardar nos armários para tirar em algumas ocasiões de reuniões familiares, cheirando a naftalina e tirando fotos dos netinhos.  


Tânia Maria da Silva 

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