Pergunta à Direção da FAETEC DE PÁDUA
Quem nasceu primeiro? O ovo ou a
galinha?
A
quem souber responder esta pergunta com precisão científica, eu me curvo e
passo a ser seguidora, pois até hoje, que eu saiba, houve uma resposta para e
outras como: Quem criou Deus? Enfim, nós sabemos que na terra nada é definitivo
para respostas prontas. Haja vista a ciência que mesmo estando altamente
evoluída, está cotidianamente surgindo com novas hipóteses.
Assim
sendo, nem eu nem qualquer outra pessoa do mundo é dona da verdade absoluta, ou
da fórmula infalível. Estamos todos num processo evolutivo, que apresar de
projetarmos, não sabemos ao certo onde vai chegar. O conceito de velho e novo
está ultrapassado até pela própria ciência que pesquisa anos a fundo uma
prática empirista, para evidenciar a eficácia, principalmente no tocante a área
medicinal que vêm caminhando a passos largos, orientada pelas antigas receitas
dos nossos antepassados.
Na
verdade, pretendo abordar um outro assunto; o da docência numa Faculdade,
legitimada a julgar o discente, somente sobe a sua ótica, ou que é pior, às
vezes com preconceito; isto é sério para a educação que vai se restringindo
somente a conteúdos, muitas vezes jogada a cuspe e giz ainda. Tem que haver
freqüência; mesmo que o aluno esteja com um fone de ouvido, discutindo o último
lançamento da moda e clássica novela humana do amor romântico; tudo, sempre em
pauta nos bastidores da parte traseira da sala de aula. Foi o que presenciei,
com exceções é claro, de ambos os lados da bancada; desde professores que
gostam de “encher lingüiça” a uma professora de Literatura que nos foi
empurrada goela abaixo, faltando 2 meses para acabar o período. Sendo que a
mesma, ao ler um documento da internert, recheado de nomes estrangeiros, fez
uma leitura compartilhada onde ninguém entendeu nada, exceto a capa do Livro de
Harry Potter, que a nossa mestra não sabia nem pronunciar o nome, e nem
conhecia a história. Quando falei para ela um pouco da história do
protagonista, que era órfã, vivia numa escola interna de bruxaria, a mulher quase teve um ataque,
alegando que devíamos tomar muito cuidado com o que leríamos, pois havia
escritos amaldiçoados. Não é brincadeira não; o nome de mulher é Raquel e veio
de Itaperuna para ocupar o horário da nossa aula eletiva, que anteriormente
havia sido informado pela direção, que seria Cultura Afro no Brasil. E eu que
sou chamada de rebelde; não; sempre dei liberdade aos meus filhos para me
questionarem porque não acredito em verdade absoluta.
Para respaldar a minha opinião, me pautei em
Educadores, nos quais busco subsídio para minha Monografia, e um deles é Paulo
Freire que no diz:
“O educador de mocrático não pode negar-se o
dever de, na sua prática docente, reforçar a capacidade crítica do educando,
sua curiosidade, sua insubimissão.....” (pág 26, Pedagogia do Oprimido)
“Não se lê criticamente como se
faze-lo fosse a mesma coisa que comprar mercadoria por atacado... A leitura
verdadeira me compromete de imediato com o texto com o texto que a mim se dá e
a que me dou e de cuja compreensão fundamental me vou também tornando sujeito.”
(pág 27 Ped. Do Oprimido)
Insisto
nesse assunto, pois tenho 51 anos de idade, trabalhando desde menina e
estudando à noite, sem chance de ter cursado o normal na mocidade, porque o
curso só existia durante o dia e eu tendo que trabalhar para sobreviver “optei”
por contabilidade à noite. Mas enfim consegui concretizar meu sonho aqui Santo
Antônio de Pádua – n a FAETEC. Mas como a vida está sempre fazendo curvas, eu
que portadora de Transtorno Bipolar de Humor, e às vezes entro em crise, passei
por uns maus pedaços, onde tive que encarar um câncer fatal em meu pai por
quase 1 ano, seguido de sua morte, tive turbulência no trabalho e fui demitida,
ficando com a emoção muito abalada.Pois sou separada, moro sozinha e tenho que
me auto-sustentar, apesar de ter um filho casado que também está cursando uma
Faculdade e outro de 21 anos no Rio, na UFRJ, sendo mantido pelo pai..
Neste
ano de 2012, fiquei atordoada, pois senti na pela o preconceito; apesar de ter
capacitação, não tive a oportunidade de encontrar um emprego e então senti
a vida pesar mais um pouco e acabei com uma Depressão, com medo de sair
de casa, medo da vida, enfim, me senti algemada pelas “circunstâncias”. Levei o
atestado médico para a Direção da Faculdade e me dispus a fazer as provas
finais, já que no nosso arcaico sistema de Educação a avaliação é obrigatória.
Mas não tenho medo de provas porque, se esse é o caminho, que façamos.
Assim,
vou trabalhar contra a burocracia, que não analisa o aluno individualmente em
sala de aula e se deixa levar por métodos ultrapassados, de a avaliação deve
ser só escrita, que me muitas vezes pode ser copiada somente para aquele
momento, enquanto uma pessoa se encontra enferma, mesmo com capacidade e um bom
aprendizado, seja punida mesmo com atestado médico. Valendo-me de uma citação
da Revista História da Pedagogia, dezembro/2010 iss14155486, finalizo
“...a educação é um ato
essencialmente político que mostra posição no mundo... constituídas e que, por
isso mesmo, demanda novas ações, de intervenção, rupturas e de transformação
social”
Diante do exposto,
peço a quem de direito que se posicione e caso eu esteja enganada, promova
maior liberdade e democracia dentro de Instituições Públicas, já que o papel de
todas as autoridades do Estado é administrar bem o patrimônio, zelar e assegurar aos cidadão que paga tudo
quanto é tipo de imposto, se utilizar de um bem público para o seu crescimento
em todos os níveis. Para que nós, alunos de Pedagogia, possamos futuramente estar
sendo éticos e profissionais
verdadeiramente comprometidos com os discentes do futuro.
Tânia Maria da Silva
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