sexta-feira, 27 de julho de 2012

COMO VAI A INSTITUIÇÃO DO AMÉM E SIM SENHOR....



Pergunta à Direção da FAETEC DE PÁDUA
Quem nasceu primeiro? O ovo ou a galinha?


            A quem souber responder esta pergunta com precisão científica, eu me curvo e passo a ser seguidora, pois até hoje, que eu saiba, houve uma resposta para e outras como: Quem criou Deus? Enfim, nós sabemos que na terra nada é definitivo para respostas prontas. Haja vista a ciência que mesmo estando altamente evoluída, está cotidianamente surgindo com novas hipóteses.
            Assim sendo, nem eu nem qualquer outra pessoa do mundo é dona da verdade absoluta, ou da fórmula infalível. Estamos todos num processo evolutivo, que apresar de projetarmos, não sabemos ao certo onde vai chegar. O conceito de velho e novo está ultrapassado até pela própria ciência que pesquisa anos a fundo uma prática empirista, para evidenciar a eficácia, principalmente no tocante a área medicinal que vêm caminhando a passos largos, orientada pelas antigas receitas dos nossos antepassados.
            Na verdade, pretendo abordar um outro assunto; o da docência numa Faculdade, legitimada a julgar o discente, somente sobe a sua ótica, ou que é pior, às vezes com preconceito; isto é sério para a educação que vai se restringindo somente a conteúdos, muitas vezes jogada a cuspe e giz ainda. Tem que haver freqüência; mesmo que o aluno esteja com um fone de ouvido, discutindo o último lançamento da moda e clássica novela humana do amor romântico; tudo, sempre em pauta nos bastidores da parte traseira da sala de aula. Foi o que presenciei, com exceções é claro, de ambos os lados da bancada; desde professores que gostam de “encher lingüiça” a uma professora de Literatura que nos foi empurrada goela abaixo, faltando 2 meses para acabar o período. Sendo que a mesma, ao ler um documento da internert, recheado de nomes estrangeiros, fez uma leitura compartilhada onde ninguém entendeu nada, exceto a capa do Livro de Harry Potter, que a nossa mestra não sabia nem pronunciar o nome, e nem conhecia a história. Quando falei para ela um pouco da história do protagonista, que era órfã, vivia numa escola interna  de bruxaria, a mulher quase teve um ataque, alegando que devíamos tomar muito cuidado com o que leríamos, pois havia escritos amaldiçoados. Não é brincadeira não; o nome de mulher é Raquel e veio de Itaperuna para ocupar o horário da nossa aula eletiva, que anteriormente havia sido informado pela direção, que seria Cultura Afro no Brasil. E eu que sou chamada de rebelde; não; sempre dei liberdade aos meus filhos para me questionarem porque não acredito em verdade absoluta.

Para respaldar a minha opinião, me pautei em Educadores, nos quais busco subsídio para minha Monografia, e um deles é Paulo Freire que no diz:
“O educador de mocrático não pode negar-se o dever de, na sua prática docente, reforçar a capacidade crítica do educando, sua curiosidade, sua insubimissão.....” (pág 26, Pedagogia do Oprimido)
“Não se lê criticamente como se faze-lo fosse a mesma coisa que comprar mercadoria por atacado... A leitura verdadeira me compromete de imediato com o texto com o texto que a mim se dá e a que me dou e de cuja compreensão fundamental me vou também tornando sujeito.” (pág 27 Ped. Do Oprimido)
             


            Insisto nesse assunto, pois tenho 51 anos de idade, trabalhando desde menina e estudando à noite, sem chance de ter cursado o normal na mocidade, porque o curso só existia durante o dia e eu tendo que trabalhar para sobreviver “optei” por contabilidade à noite. Mas enfim consegui concretizar meu sonho aqui Santo Antônio de Pádua – n a FAETEC. Mas como a vida está sempre fazendo curvas, eu que portadora de Transtorno Bipolar de Humor, e às vezes entro em crise, passei por uns maus pedaços, onde tive que encarar um câncer fatal em meu pai por quase 1 ano, seguido de sua morte, tive turbulência no trabalho e fui demitida, ficando com a emoção muito abalada.Pois sou separada, moro sozinha e tenho que me auto-sustentar, apesar de ter um filho casado que também está cursando uma Faculdade e outro de 21 anos no Rio, na UFRJ, sendo mantido pelo pai..
            Neste ano de 2012, fiquei atordoada, pois senti na pela o preconceito; apesar de ter capacitação, não tive a oportunidade de encontrar um emprego  e então senti  a vida pesar mais um pouco e acabei com uma Depressão, com medo de sair de casa, medo da vida, enfim, me senti algemada pelas “circunstâncias”. Levei o atestado médico para a Direção da Faculdade e me dispus a fazer as provas finais, já que no nosso arcaico sistema de Educação a avaliação é obrigatória. Mas não tenho medo de provas porque, se esse é o caminho, que façamos.
            Assim, vou trabalhar contra a burocracia, que não analisa o aluno individualmente em sala de aula e se deixa levar por métodos ultrapassados, de a avaliação deve ser só escrita, que me muitas vezes pode ser copiada somente para aquele momento, enquanto uma pessoa se encontra enferma, mesmo com capacidade e um bom aprendizado, seja punida mesmo com atestado médico. Valendo-me de uma citação da Revista História da Pedagogia, dezembro/2010 iss14155486, finalizo

“...a educação é um ato essencialmente político que mostra posição no mundo... constituídas e que, por isso mesmo, demanda novas ações, de intervenção, rupturas e de transformação social”
            Diante do exposto, peço a quem de direito que se posicione e caso eu esteja enganada, promova maior liberdade e democracia dentro de Instituições Públicas, já que o papel de todas as autoridades do Estado é administrar bem o patrimônio,  zelar e assegurar aos cidadão que paga tudo quanto é tipo de imposto, se utilizar de um bem público para o seu crescimento em todos os níveis. Para que nós, alunos de Pedagogia, possamos futuramente estar sendo éticos e  profissionais verdadeiramente comprometidos com os discentes do futuro.



Tânia Maria da Silva
  

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