sábado, 26 de maio de 2012

Na Era da Tecnologia as pessoas estão menos disponíveis


Na Era da Tecnologia as pessoas estão menos disponíveis


            Entre 70 e 20 anos atrás, a vida era mais lenta, dava para contar os dias da semana e esperar pelo domingo, que sempre tinha um almoço especial para as famílias. Reuniam-se todos, crianças, jovens e adultos, em grupos separados para prosear, jogar, fazer os pratos que seriam servidos; os jovens de ambos os sexos ficavam separados contando os seus feitos, sonhando com os amores frustrados e as crianças corriam de pé no chão, subiam em árvores e brincavam de brincadeiras que hoje já não vemos mais.
            Durante a semana, os que estudavam, andavam por cerca de duas horas para chegar à Escola e encontrar a professora para fazerem a fila e irem para a sala de aula. A lousa antiga se impunha á frente dos alunos, que sentados não podiam sequer olhar para o colega vizinho, tinha de haver silêncio e disciplina rígida. Os castigos para os peraltas era; ficar ajoelhado em cima de caroços de milho, de pé sozinho num canto olhando para a parede, isso sem contar nos puxões de orelha e reguadas na cabeça para quem não aprendesse a lição. Este relato é importante, para sabermos como a Educação vem caminhando através dos tempos e analisarmos que os direitos humanos, pelo menos em tese existem e podem ser aplicados através da lei.
            Porém antigamente, a marcha da vida era mais lenta, as moças ficavam em casa aprendendo as “prendas domésticas”, porque aos seus destinos estava nas mãos do futuro marido, tinha que ser um rapaz de posses ou trabalhador. As famílias eram grandes, guardando sempre as tradições das gerações passadas enquanto a mulher se encarregava dos serviços domésticos, os homens eram mais livres e por vezes viajavam a negócio, se esbaldavam também nas casas de Tolerância (Prostíbulo). As esposas esperavam na pachorra do trabalho diário e na lida com as crianças. “Homem é bicho do sereno”, alegavam todos. Também são importante os mais jovens saberem que no passado, as figura feminina era puramente figurativa, além de ser a procriadora. Hoje, o número de mulheres que são chefes de família é assustador, com o advento do movimento feminista; e mesmo os casais, que modernamente podem ser; étero sexual, homosexual e relação aberta; enfim, todos se unem por afinidades e não mais o papai-mamãe.
            E os jovens como ficam na pós-modernidade? Talvez com conflitos e sonhos diferentes, mas, rebeldes, estão sempre querendo inovar, seja na roupa, tatuagens, cabelos, todos continuam seres humanos e passíveis de ter questionamentos de ordem interna que externam com tipo de tribo a que se juntam. Quanto à tecnologia; na vida do jovem é tudo, vai desde o micro que deve ser de última geração ao celular que a cada dia apresenta mais uma novidade útil; e os que não podem comprar, restam as Lance Bose, que vivem abarrotadas de gente viciada em jogos digitais. Outros acessórios na vida da juventude atual, são as roupas de grifs e caríssimas, afinal chegamos ao neo-liberalismo, a era do consumismo. Quem não pode comprar pirataria que já se tornou uma rotina no mercado brasileiro. Mas temos jovens que ralam e os que protestam na Universidade Pública, contra a política do Governo, contra a vontade dos pais que na maioria das vezes, são doutores que deram educação privada ao filho, para que este chegasse à Universidade Pública. Parece que está acabando com as novas políticas educacionais do Governo, priorizando os oriundos de Escola Pública, Índios e Negros.
            Com toda essa demanda do Mercado, a vida das pessoas ficou mais agitada e o tempo exauriu-se entre as necessidades e as ofertas comerciais; o que antes era natural, como caminhar hoje, é necessidade devido ao sedentarismo, aí vem as academias, e outras formas enlouquecedora para se ter um corpo esquio. Quer uma pizza? Liga para Pizzaria X que entrega em casa. Só falta arrumar alguém para carregar no colo para não pisar no chão de salto alto! Enfim, na Era da Tecnologia, ficou tudo mais fácil, porém as pessoas estão cada vez mais sem tempo. Por quê? Talvez as pessoas queiram correr contra o tempo para no futuro descansarem e se esquecem que para nós reles mortais, só existe o hoje, que deve ser vivido movido por sentimentos de amor, amizade, solidariedade entre outros.   

Tania Maria da Silva
             
           
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