Dia 1º de Maio - Dia
do trabalhador (a) no atual contexto
Trajetória da mulher e Mãe trabalhadora desde que Karl Marx
escreveu suas teses em relação ao
Capital
Temos
conhecimento de poucas mulheres se impunham e lutavam contra o Poder Econômico,
em outros séculos, raras exceções, pois o Estado e a Igreja Católica, educavam
as mulheres ricas, para as “prendas domésticas”, e sendo proibidas de aprederem
a ler, faziam tapeçarias, se dedicavam à música, enfim; “coisas de
mulher”! Enquanto isso, as mulheres pobres,
eram escravas e seus filhos serviam de brinquedos para entreter os filhos das grandes senhoras,
que sequer amamentavam os seus rebentos, ficando tudo, a cargo de uma ama de
leite, normalmente negra. E assim caminhava a sociedade Paternalista, onde a
figura do homem, era o honrado do chefe de família, que podia se apossar de
qualquer mulher pobre; mas cumprindo os deveres que lhe cabiam no casamento. Às
mulheres de todas as classes, restava a
submissão aos seus homens, desde a infância; pai e futuramente o marido. Ainda hoje temos o resquício desta sociedade
paternalista, a nos cercear os movimentos em geral.
Até há bem
pouco tempo, mulher não podia ter uma profissão no mercado de trabalho, daí
surgiram as professoras, (fato que explica a má remuneração), onde aproveitavam
as damas da sociedade, que eram alfabetizadas, para ensinarem às crianças, não
era necessário formação. Era uma forma que os homens conseguiram aos anseios de
atividades para as mulheres, porém, com jornada reduzida, para acompanharem o
serviço da casa. O salário era uma forma de compensar a lacuna existente na
alma feminina, então era irrisório, já que o chefe da casa era o mantenedor
mesmo! Enquanto as mulheres pobres eram aproveitadas nos trabalhos doméstico e
na lavoura, levando consigo a sua prole para ajudar nos afazeres. As famílias
ricas só faziam casamentos entre parente, para acumular fortuna. Enquanto os pobres
juntavam-se por necessidade dos pais, se verem livres de mais uma mulher para
sustentar, e terem pessoas mais tarde para ajudar na lida, formavam a sua
prole, MUITOS FILHOS, daí a palavra usada por Marx, PROLETARIADO.
No início,
a Filosofia tentava encontrar as respostas existenciais, com perguntas e muita
reflexão, porém ainda deixava um caminho a ser percorrido; o porquê da
exploração do homem pelo homem para se traçar um trajetória a ser percorrida. E
Karl Marx, com a colaboração Engels, foi o pesquisador que mais aprofundou na
questão do proletariado X Capital; dedicando toda uma vida a estudos,
publicações de livros, além de matérias jornalísticas que o permitiam
sobreviver parcamente. Tanto assim, que sua família passou por enormes
sacrifícios materiais, tendo ele perdido duas filhas de doenças e depois a
mulher. Em uma das cartas em que ele envia a Engels diz: “Eu sou único
pesquisador que não possuo o objeto de pesquisa. È irônico”. Mesmo passando por
privações financeiras, nunca se deixou abater, vivia praticamente 24hs por dia
pesquisando em bibliotecas ou estudando em casa. E o nosso incansável trabalhador ainda
deixou sua obra inacabada; que na época não tinha grande valor; porém nos dias
atuais, todas as Universidades de Ciências Humanas e de Administração de
Empresas; enfim, o setor Capitalista resolveu adotar o “Capital”, para entender
o sistema e se armarem contra os movimentos de trabalhadores. Com a criação de
outros cargos nas Empresas na área de “recursos humanos”: o Assistente social,
o Pedagogo Empresarial com o propósito de, capacitar trabalhadores dentro da
Empresa; enfim, arrumar meios de contornar e assim passar de uma forma
agradável a política interna do Patrão.
Quanto às
mulheres, mesmo que algumas ainda sonhem com príncipe, estão por todo lado
trabalhando, tanto no mercado formal quanto o informal. Nas escolas em diversas
funções, nos Bancos, no Supermercado, no ônibus, hospital táxi, como
Domésticas, Floristas; enfim, as fêmeas invadiram o mercado, só que percebendo
um salário menor que o do homem. Mas vai mudar! Onde a maioria que além
trabalhar fora, é Mãe e ainda acumula o serviço doméstico.
Prefiro
comemorar o dia das Mães trabalhadores, que um dia instituído pela Capitalismo
como “Dia das Mães”, com o discurso para aumentar o consumo, de que “Mãe é uma
só”, a melhor pessoa do mundo. Toda Mãe é mulher; porém, nem toda mulher e Mãe. Porque somos humanas acima de tudo, embora com amor, recebemos um ser
que ainda não conhecemos, que vamos amando vida afora, talvez, mais que a nós
mesmas, mas sabendo que não somos donos do destino de ninguém, e a vida passa,
cada um cuidando do seu caminho, e no final só vão restar os laços de amor.
Imprescindíveis para uma vida saudável, mas idolatrar, um ser humano
simplesmente pelos laços sanguíneos, como a Igreja quer nos enfiar goela abaixo
é hipocrisia e egoísmo. Somos todos iguais perante a natureza, homens,
mulheres, criança, animais, daí, digo com firmeza, apesar das diferenças de
gênero, idade, profissão, estamos no Planeta Terra para sermos úteis, mesmo
errando, acertando, mas sempre caminhando.
Tendo em mente que o nosso
único inimigo é o IMPERIALISMO, que provoca toda a sangria de riquezas
derramando muito sangue na terra.
“PAZ ENTRE NÓS GUERRA AOS
SENHORES! SOMOS IRMÃO, TRABALHADORES!”
Tania Maria da Silva
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