terça-feira, 6 de maio de 2014

DIA DO TRABALHADOR E TRAJETORIA DA MULHER...




Dia 1º de Maio  - Dia do trabalhador (a)  no atual contexto

Trajetória da mulher e Mãe trabalhadora desde que Karl Marx escreveu  suas teses em relação ao Capital

            Temos conhecimento de poucas mulheres se impunham e lutavam contra o Poder Econômico, em outros séculos, raras exceções, pois o Estado e a Igreja Católica, educavam as mulheres ricas, para as “prendas domésticas”, e sendo proibidas de aprederem a ler, faziam tapeçarias, se dedicavam à música, enfim; “coisas de mulher”!  Enquanto isso, as mulheres pobres, eram escravas e seus filhos serviam de brinquedos  para entreter os filhos das grandes senhoras, que sequer amamentavam os seus rebentos, ficando tudo, a cargo de uma ama de leite, normalmente negra. E assim caminhava a sociedade Paternalista, onde a figura do homem, era o honrado do chefe de família, que podia se apossar de qualquer mulher pobre; mas cumprindo os deveres que lhe cabiam no casamento. Às mulheres de todas as classes,  restava a submissão aos seus homens, desde a infância; pai e futuramente o marido.  Ainda hoje temos o resquício desta sociedade paternalista, a nos cercear os movimentos em geral.
            Até há bem pouco tempo, mulher não podia ter uma profissão no mercado de trabalho, daí surgiram as professoras, (fato que explica a má remuneração), onde aproveitavam as damas da sociedade, que eram alfabetizadas, para ensinarem às crianças, não era necessário formação. Era uma forma que os homens conseguiram aos anseios de atividades para as mulheres, porém, com jornada reduzida, para acompanharem o serviço da casa. O salário era uma forma de compensar a lacuna existente na alma feminina, então era irrisório, já que o chefe da casa era o mantenedor mesmo! Enquanto as mulheres pobres eram aproveitadas nos trabalhos doméstico e na lavoura, levando consigo a sua prole para ajudar nos afazeres. As famílias ricas só faziam casamentos entre parente, para acumular fortuna.  Enquanto os pobres juntavam-se por necessidade dos pais, se verem livres de mais uma mulher para sustentar, e terem pessoas mais tarde para ajudar na lida, formavam a sua prole, MUITOS FILHOS, daí a palavra usada por Marx, PROLETARIADO.
            No início, a Filosofia tentava encontrar as respostas existenciais, com perguntas e muita reflexão, porém ainda deixava um caminho a ser percorrido; o porquê da exploração do homem pelo homem para se traçar um trajetória a ser percorrida. E Karl Marx, com a colaboração Engels, foi o pesquisador que mais aprofundou na questão do proletariado X Capital; dedicando toda uma vida a estudos, publicações de livros, além de matérias jornalísticas que o permitiam sobreviver parcamente. Tanto assim, que sua família passou por enormes sacrifícios materiais, tendo ele perdido duas filhas de doenças e depois a mulher. Em uma das cartas em que ele envia a Engels diz: “Eu sou único pesquisador que não possuo o objeto de pesquisa. È irônico”. Mesmo passando por privações financeiras, nunca se deixou abater, vivia praticamente 24hs por dia pesquisando em bibliotecas ou estudando em casa. E o nosso incansável trabalhador ainda deixou sua obra inacabada; que na época não tinha grande valor; porém nos dias atuais, todas as Universidades de Ciências Humanas e de Administração de Empresas; enfim, o setor Capitalista resolveu adotar o “Capital”, para entender o sistema e se armarem contra os movimentos de trabalhadores. Com a criação de outros cargos nas Empresas na área de “recursos humanos”: o Assistente social, o Pedagogo Empresarial com o propósito de, capacitar trabalhadores dentro da Empresa; enfim, arrumar meios de contornar e assim passar de uma forma agradável a política interna do Patrão.
            Quanto às mulheres, mesmo que algumas ainda sonhem com príncipe, estão por todo lado trabalhando, tanto no mercado formal quanto o informal. Nas escolas em diversas funções, nos Bancos, no Supermercado, no ônibus, hospital táxi, como Domésticas, Floristas; enfim, as fêmeas invadiram o mercado, só que percebendo um salário menor que o do homem. Mas vai mudar! Onde a maioria que além trabalhar fora, é Mãe e ainda acumula o serviço doméstico.
            Prefiro comemorar o dia das Mães trabalhadores, que um dia instituído pela Capitalismo como “Dia das Mães”, com o discurso para aumentar o consumo, de que “Mãe é uma só”, a melhor pessoa do mundo. Toda Mãe é mulher; porém, nem toda mulher e  Mãe. Porque somos humanas acima de tudo, embora com amor, recebemos um ser que ainda não conhecemos, que vamos amando vida afora, talvez, mais que a nós mesmas, mas sabendo que não somos donos do destino de ninguém, e a vida passa, cada um cuidando do seu caminho, e no final só vão restar os laços de amor. Imprescindíveis para uma vida saudável, mas idolatrar, um ser humano simplesmente pelos laços sanguíneos, como a Igreja quer nos enfiar goela abaixo é hipocrisia e egoísmo. Somos todos iguais perante a natureza, homens, mulheres, criança, animais, daí, digo com firmeza, apesar das diferenças de gênero, idade, profissão, estamos no Planeta Terra para sermos úteis, mesmo errando, acertando, mas sempre caminhando.
             Tendo em mente que o nosso único inimigo é o IMPERIALISMO, que provoca toda a sangria de riquezas derramando muito sangue na terra.
“PAZ ENTRE NÓS GUERRA AOS SENHORES! SOMOS IRMÃO, TRABALHADORES!”
Tania Maria da Silva       
             

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