Morin: Filósofo do século XX e XXI
Edgar Morin, nascido em Paris, filho único de uma família judia.
Sua mãe faleceu quando ele tinha 10 anos.. Estudou direito, história,
filosofia, sociologia e economia. Em 1942, obteve a
licenciatura em direito e em história e geografia. Em 1941, adere ao Partido
Comunista, «num momento em que se sentia, pela primeira vez, que uma
força poderia resistir à Alemanha nazista.
Depois de lutar como combatente, deixa o partido Comunista
em 1949 e começa uma crítica aos Judeus
que perseguiam os palestinos, publicando vários artigos à respeito. Chegando a
ser processado por seus artigos, sendo acusado de racista. Sendo autor de
muitas obras que questionam o homem, a razão e o imaginário. Entre as obras de
Morin, está os Setes Saberes que aborda com muita propriedade a condição humana
e suas incertezas.
Dentre elas, Ensinar a identidade terrena, que consiste no
reconhecimento da identidade planetária e a importância da mesma para a
Educação. Pois segundo Morin, o destino planetário é uma das realidades que a
Educação ignora, devendo o tema se converter num dos temas centrais da Educação
do século XXI.
È importante mostrar a história da era planetária, que se
iniciou com a comunicação entre todos os continentes, mas de forma desigual
para alguns povos. Colocando a
importância da interatividade no globo, no reconhecimento de identidade
terrena, sem ocultar as opressões e a dominação que devastou a humanidade e que
ainda sobrevive nos dias de hoje.
Morin também destacou que o processo de migração levou ao
mundo inteiro fatos novos, em todos os sentidos. Desde o conhecimento, ciência,
tecnologia, até doenças que disseminaram e invadiram comunidades, desde as mais
pobres às grandes sociedades. Quando que o homem resolveu conquistar novas
terras, evoluiu, mas também criou vários outros problemas na medida que
interferiu no ritmo da natureza. Daí o autor afirmar sobre as incertezas quanto
ao futuro, na busca da identidade terrena, que a seu ver envolve a
individualidade humana , mas também tem que ser considerada no conjunto pois um
faz parte do outro.
Vivendo Morin no século XX, considerou que o marco da crise
planetária mostra que a identidade terrena partilha do mesmo problema, vida e
morte como destino. E, em função da crise planetária o ser humano iniciou uma
busca desenfreada por alternativas, como buscar qualidade vida, se refugiar no
consumismo, busca da sensibilidade, com outras relações mais humanas e solidárias.
Diante de tanta diferença e ao mesmo tempo igualdade, Morin
afirma que; “é necessário ensinar não mais para unir concentricamente as
pátrias, famílias regiões, mas sim integrá-las no Universo concreto da pátria
terrestre.”
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