quinta-feira, 27 de junho de 2013

O ser humano e seu inacabamento






Estamos em constante reconstrução

            Segundo o filósofo francês Edgar Morin (2003, p. 19), todo conhecimento comporta o risco do erro e da ilusão, não sendo esse um espelho das coisas do mundo externo. Assim, todas as percepções são; ao mesmo tempo. Traduções e reconstruções cerebrais, com base em estímulos ou sinais captados e decodificados pelos sentidos. Daí resultam os erros de nossa percepção, através dos cinco sentidos e da leitura que cada ser humano faz do mundo exterior. Surgindo desse modo, “os numerosos erros de  concepção e de idéias que sobreveem a despeito de nossos controles racionais. Assim Morin afirma o seguinte:

“ Erro e ilusão parasitam a mente humana desde o aparecimento do Homo sapiens. Quando consideramos o passado, inclusive recente, sentimos que foi dominado por inúmeros erros e ilusões” Morin (2003 p. 19)

            O  Filósofo e pesquisador Michel Foucault (1926-1984), herdeiro do Método “GENEALÓGICO”  do polêmico Filósofo Nietzsche, nascido na Prússia em 1844; enfatizando que o nosso modo de pensar sobre nós mesmos é finito. Tal idéia é primeiramente na  observação sobre os filósofos, no livro “Humano Demasiadamente Humano”:onde ele expõe seu pensamento:

 “Eles pensam no Homem como uma “aeterna verita”, (uma verdade eterna), como alguma coisa que permanece constante no meio de todos os fluxos, como uma medida segura das coisas.(...) nada mais são que um testemunho sobre o Homem do período limitado.”  Nietzsche (www.editoraescala.com.br).
           
Para finalizar, apesar de faltar uma gama de outros pensadores, como Karl Marx, por exemplo, que me proponho a pesquisar e registrar a sua obra na minha vida, tenho a abordagem de Paulo Freire, por ser Educador e pelo contexto social, dentro das esquerdas brasileiras.
            E seu livros Pedagogia da Autonomia, Freire, fala não somente aos docentes, mas a todas as pessoas, pois trata-se de uma visão aberta de liberdade e da eterna busca por conhecimentos pelo ser humano. Criticando a malvadeza neoliberal, que impões sua ideologia fatalista em detrimento do sonho e da utopia e da necessidade do profissional em Educação, abrir novos caminhos de conhecimento para os alunos.
            Também, Freire nos diz sobre a possibilidade de erros de interpretação:

 “Quem observa o faz de um certo ponto de vista, o que não situa o observador em  erro.O erro na verdade, não é ter um certo ponto de vista, mas absolutilizá-lo e desconhecer que, mesmo do acerto de seu ponto  de vista é possível que a razão ética nem sempre esteja com ele” FREIRE (2010. p.15)
             De acordo com o posicionamento desses Pensadores supra citados, conclui-se que todos eles abordaram no inacabamento  do ser humano, que caminha em busca de uma verdade absoluta, que inexiste. Pois o que altera a atitude externa, é a forma de compreensão interna, que é individual, mas na medida há interação humana, e aceitação e/ou negociação dos que estão ao nosso redor, há possibilidade de acordo com pessoas e fatos  afins.
            Percebendo que estamos sempre nos reconstruindo, o eterno “Devi”, vir  a ser.
  
     

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