Estamos em constante reconstrução
Segundo o
filósofo francês Edgar Morin (2003, p. 19), todo conhecimento comporta o risco
do erro e da ilusão, não sendo esse um espelho das coisas do mundo externo.
Assim, todas as percepções são; ao mesmo tempo. Traduções e reconstruções
cerebrais, com base em estímulos ou sinais captados e decodificados pelos
sentidos. Daí resultam os erros de nossa percepção, através dos cinco sentidos
e da leitura que cada ser humano faz do mundo exterior. Surgindo desse modo,
“os numerosos erros de concepção e de
idéias que sobreveem a despeito de nossos controles racionais. Assim Morin
afirma o seguinte:
“ Erro e ilusão parasitam a mente humana desde o
aparecimento do Homo sapiens. Quando consideramos o passado, inclusive recente,
sentimos que foi dominado por inúmeros erros e ilusões” Morin (2003 p. 19)
O Filósofo e pesquisador Michel Foucault
(1926-1984), herdeiro do Método “GENEALÓGICO”
do polêmico Filósofo Nietzsche, nascido na Prússia em 1844; enfatizando
que o nosso modo de pensar sobre nós mesmos é finito. Tal idéia é primeiramente
na observação sobre os filósofos, no
livro “Humano Demasiadamente Humano”:onde ele expõe seu pensamento:
“Eles pensam no Homem
como uma “aeterna verita”, (uma verdade eterna), como alguma coisa que
permanece constante no meio de todos os fluxos, como uma medida segura das
coisas.(...) nada mais são que um testemunho sobre o Homem do período
limitado.” Nietzsche (www.editoraescala.com.br).
Para finalizar, apesar de faltar
uma gama de outros pensadores, como Karl Marx, por exemplo, que me proponho a
pesquisar e registrar a sua obra na minha vida, tenho a abordagem de Paulo
Freire, por ser Educador e pelo contexto social, dentro das esquerdas brasileiras.
E seu
livros Pedagogia da Autonomia, Freire, fala não somente aos docentes, mas a
todas as pessoas, pois trata-se de uma visão aberta de liberdade e da eterna
busca por conhecimentos pelo ser humano. Criticando a malvadeza neoliberal, que
impões sua ideologia fatalista em detrimento do sonho e da utopia e da
necessidade do profissional em Educação, abrir novos caminhos de conhecimento
para os alunos.
Também,
Freire nos diz sobre a possibilidade de erros de interpretação:
“Quem observa o faz
de um certo ponto de vista, o que não situa o observador em erro.O erro na verdade, não é ter um certo
ponto de vista, mas absolutilizá-lo e desconhecer que, mesmo do acerto de seu
ponto de vista é possível que a razão
ética nem sempre esteja com ele” FREIRE (2010. p.15)
De acordo com o posicionamento desses
Pensadores supra citados, conclui-se que todos eles abordaram no
inacabamento do ser humano, que caminha
em busca de uma verdade absoluta, que inexiste. Pois o que altera a atitude
externa, é a forma de compreensão interna, que é individual, mas na medida há
interação humana, e aceitação e/ou negociação dos que estão ao nosso redor, há
possibilidade de acordo com pessoas e fatos
afins.
Percebendo
que estamos sempre nos reconstruindo, o eterno “Devi”, vir a ser.
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